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Essa é mais uma das boas histórias dos corredores do Congresso Nacional.

O senador Osmar Dias (PDT) saía hoje ao meio-dia da sessão semanal da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), quando foi surpreendido por um telefonema. Era o pessoal da Rádio Globo (AM 670) de Curitiba, que queria uma entrevista ao vivo.

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Osmar começou a conversa com o apresentador Ogier Buchi. Falaram sobre a multa do Banestado, um dos temas tratados na reunião da CAE. E também sobre o telefonema do governador Roberto Requião (PMDB) para Osmar, feito um dia antes, pedindo ajuda para resolver o assunto.

Logo depois, Osmar passa a responder perguntas feitas por um tal João Arruda, que participa do programa. Discutem sobre incentivos fiscais a pequenas empresas e as ações para combater a crise financeira mundial.

O senador termina a entrevista e de cara pergunta aos assessores: “esse João Arruda não é o sobrinho do Requião?”

Bingo! E Arruda também é secretário-geral do PMDB no Paraná e ex-funcionário comissionado da Cohapar, afastado, bem… por nepotismo.

Não dá para dizer que o senador não ficou com cara de espanto. Acabara de falar ao vivo na rádio com o sobrinho do rival nas eleições de 2006 um dia depois de conversar com o próprio governador.

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E ambos os papos foram amenos, respeitosos.

Na verdade, o mais raro é o estranhamento que essas conversas provocam não apenas em Osmar, mas em todos os paranaenses. Afinal, governadores e senadores de todos os estados se comunicam com freqüência…

Lula recebe José Serra no Palácio do Planalto e fica numa boa, sem patadas para todos os lados. Até John McCain foi cordial com Barack Obama após as eleições norte-americanas.

De minha parte, juro que ainda estou embasbacado.

Será que o mundo inteiro está correto ou política tem de ser algo na base da truculência, da falta de civilidade, como se faz no Paraná?

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