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Beto, Dilma e a ministra Miriam Belchior anunciam o metrô. Não hoje, mas em 2011. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Beto, Dilma e a ministra Miriam Belchior anunciam o metrô. Não hoje, mas em 2011. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Hoje é dia de metrô em Curitiba. Dilma Rousseff passa pela cidade para chancelar o acordo financeiro para a obra, estimada em R$ 4,568 bilhões. Politicamente, é uma negociação em que todos os participantes, Dilma, o governador Beto Richa (PSDB) e o prefeito Gustavo Fruet (PDT) saem bem na foto. Tudo muito bonito e civilizado.

Todavia, entretanto, porém, como todo curitibano desconfiado, não consigo escapar do flashback. Em 2011, Dilma também foi a Brasília para anunciar o acordo para o metrô. Na ocasião, a obra sairia por menos da metade do preço atual – R$ 2,253 bilhões.

Vale lembrar que estávamos às vésperas da campanha municipal de 2012. E o metrô era a grande plataforma do então prefeito Luciano Ducci (PSB). O tempo passou, Ducci não foi nem para o segundo turno, Fruet ganhou a parada e mandou refazer todos os estudos sobre a obra – que dobrou de valor.

Agora tudo recomeça do zero para gerar uma conta que será paga em 30 anos. Não por Dilma, Fruet ou Richa, mas por todos os curitibanos. Por isso, se alguém será dono do metrô, será a população da cidade, não esse ou aquele político.

Nesse aspecto, não adianta ser ranzinza. Depois de iniciada a obra, o jeito vai ser abraçá-la – e, principalmente, fiscalizá-la. A decisão de tirar a obra do papel pode não ter sido sua, mas a conta, definitivamente, é. Assim como os benefícios.

Que a obra mais cara da história da cidade seja um marco para a vida das pessoas e não para os interessados nas próximas eleições.

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