No dia 1º de julho, cinco entidades do setor produtivo paranaense lideradas pela Faep entregaram ao Ministério dos Transportes um pedido formal, em conjunto com representantes do primeiro escalão da gestão Beto Richa, para que o governo federal renove por mais 25 anos o convênio de delegação de rodovias federais pedagiadas. Foi o primeiro passo para, depois, abrir a negociação com as concessionárias.
Como resposta, o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, disse que iria instalar um grupo de trabalho sobre o assunto. Uma semana depois, Richa indicou a vice-governadora Cida Borghetti e os secretários Eduardo Sciarra (Casa Civil) e José Richa Filho (Infraestrutura e Logística) para coordenar os estudos junto ao governo federal.]
No dia 31 de julho, no entanto, o ministro nomeou, em portaria publicada no Diário Oficial, o secretário de gestão da pasta, Luciano Castro, para “auxiliar os trabalhos de coordenação de avaliação” do pedido. Castro foi deputado federal do PR por 24 anos antes de assumir o cargo.
Entrevistado pela Gazeta do Povo na última segunda-feira, em Brasília, Castro explicou quais são os planos e as razões de não se formalizar um grupo de trabalho. Veja o que ele falou:
“Um grupo de trabalho se confundiria com a minha própria secretaria. Eu tenho aqui mais de 30 engenheiros, que vão me ajudar a compor todo esse pacote. Eu estou na condição de interlocutor, de chamar as partes, os agentes estaduais e federais de governo, de chamar as concessionárias, outros agentes interessados, como federações e produtores agrícolas. Eu quero ouvir a todos e saber: qual é o sentimento sobre isso? E como construir uma saída para cada coisa dessas.”
Castro fará um relatório sobre a situação de cada uma das seis concessionárias. E vai entregá-lo à presidente Dilma Rousseff, que vai dar a palavra final sobre o tema, possivelmente daqui a um ano.
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