Aí vão algumas percepções sobre as manifestações pelo país. Foi o que deu para acompanhar pessoalmente nas manifestações de sábado e ontem em Brasília, pela internet e pela cobertura de televisão:

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Qual é o significado real dos protestos?
Essa é resposta mais importante: ninguém ainda sabe ao certo. Qualquer diagnóstico neste momento é pura presunção.

O que querem os manifestantes?
No Rio e em São Paulo, há mais ligação com a tarifa de ônibus. Mas, no grosso, parece uma revolta contra o modelo político brasileiro. É meio discrepante, mas talvez o retrato do momento seja que as pessoas estão fazendo questão de demonstrar que não se sentem representadas pelos políticos e partidos (que elas mesmas elegeram).

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Há líderes no movimento?
Sim, mas ninguém que incorpore uma liderança forte, capaz de definir os rumos. Pelo jeito, não vai sair nenhum mártir das manifestações, como foram alguns “musos” caras pintadas do Fora Collor.

Há vândalos e gente sem noção?
Claro, é só ver as imagens em todas as cidades. Mas eles são, sim, minoria. E eles merecem sim ser punidos.

É necessário liderança para os protestos continuarem?

Não parece. As pessoas têm informações fragmentadas sobre o motivo da manifestação. No fundo, cada um vai lá por um motivo.

Por que as manifestações ganharam tanto corpo?
Porque as pessoas perceberam que é divertido e emocionante participar das manifestações, mais do que pelas reivindicações em si.

Como a mídia está acompanhando tudo?

Num primeiro tempo, os grandes veículos de São Paulo tiveram uma interpretação errada da manifestação. A violência (em especial contra repórteres) mudou o rumo da cobertura. Quando se expandiu para o resto do país, o vento da cobertura jornalística já era outro.

Os políticos estão preocupados?
E como.

No que vai dar tudo isso?
Sei lá. Vale o mesmo raciocínio da primeira pergunta.

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