Enfim, o maior escândalo político da história do Paraná entrou no debate eleitoral. Durante entrevista de quatro minutos para o ParanáTV (por sinal, muito bem conduzida por Fernando Parracho), Beto Richa (PSDB) não teve como escapar da discussão sobre os Diários Secretos da Assembleia Legislativa.
Um tema incômodo para 97% dos políticos paranaenses. Beto negou incongruências e disse ter uma aliança “feita em princípios”.
Mas há vários fantasmas da Assembleia no armário de Beto. Aos fatos:
1 – Ele próprio foi deputado estadual, entre 1994 e 2000. Vários crimes coligados ao escândalo já existiam nessa época.
2 – Um deles atingiu indiretamente Beto. Verônica Durau, sogra do seu ex-chefe de gabinete na Assembleia, Ezequias Moreira Rodrigues, foi funcionária-fantasma da Casa por 11 anos.
3 – Uma sindicância interna da Assembleia isentou Beto. E colocou a culpa na própria Verônica, no genro e, principalmente, no ex-diretor adjunto da Assembléia, Luiz Molinari, morto em 2005.
4 – Ezequias era braço direito de Beto na prefeitura até estourar o escândalo, em 2007. Ele devolveu cerca de R$ 300 mil à Assembleia e sumiu da linha de frente da Prefeitura.
5 – Beto tem na chapa Nélson Justus (DEM), presidente da Assembleia. Além disso, sempre contou com o apoio de Alexandre Curi (PMDB), que lutou o quanto pôde para atrair os peemedebistas para a coligação tucana. Justus e Curi são os dois principais gestores da Assembleia.
Sobre esse perfil de aliados, Beto disse o seguinte:
“Se alguns que cometeram erros no passado agora estão comigo, eu não tenho compromisso com o erro. Estão comigo porque acreditam na minha proposta. Há vários deputados que foram apontados nestas denúncias que estão também do outro lado. Agora, eu falo por mim. No meu governo, teremos ética, transparência e seriedade, como foi a nossa boa administração na capital. Portanto, tenho bons exemplos a dar ao longo dos mandatos em que optei. A prática é o critério da verdade.”
Tudo o que ele falou durante a entrevista à RPC-TV está no vídeo abaixo: