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As manifestações contra o governo, domingo, colocaram Dilma Rousseff em uma situação complicada. Além da dificuldade natural de diálogo, a maioria esmagadora quer a saída da presidente (e ponto), ela tem pouquíssima margem de resposta para acalmar a situação. Sem propostas práticas, o panelaço tende a tornar-se diário. Veja como ela poderia reagir, dentro de quatro áreas:

Combate à corrupção
O governo está finalizando um pacote de propostas legislativas que incluem punição aos corruptos com mais rapidez, criminalização do enriquecimento ilícito de servidores públicos e agilização de processos contra desvios de recursos públicos.
Será que cola?
As medidas dependem da apreciação do Congresso Nacional, com quem Dilma também tem dificuldades de negociação. O que pode ser mais efetivo é a adoção de propostas de transparência, que independem do aval dos parlamentares. Nada que amenize os desdobramentos da operação Lava Jato.

Crise econômica
O remédio de Dilma é o amargo ajuste econômico proposto pelo ministro Joaquim Levy, que já chegou ao Congresso – e que também tem batido na trave por falta de apoio parlamentar. A contenção momentânea da alta do dólar está praticamente descartada.
Será que cola?
Uma das argumentações de boa parte dos manifestantes é que Dilma mentiu sobre o estado da economia durante a campanha eleitoral. Dificilmente haverá paciência para esperar que o pacote emplaque. Enquanto isso, o dólar elevado prejudica o consumo.

Administração
Dilma pode dar sinais de que deseja mudar o perfil da sua gestão, trocando ministros e anunciando cortes de despesas. Também pode cacifar programas setoriais em áreas sensíveis às manifestações desde junho de 2013, como saúde e educação.
Será que cola?
O Mais Médicos foi anunciado depois das manifestações de 2013 e colou. Dilma tem se demonstrado avessa, por outro lado, a cortes no número de ministérios e nos critérios de escolha dos ministros.

Negociação política
A equipe montada por Dilma para negociar com os aliados, formada pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) perdeu credibilidade. A presidente já deu sinais de que deve modificá-la.
Será que cola?
Qualquer mudança dificilmente vai conseguir satisfazer os 11 partidos “aliados” que estão representados hoje na Esplanada. A solução de apelar para o PMDB pode ser boa na relação com o Congresso, mas atrai a impopularidade de nomes como Renan Calheiros para o Planalto.

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