A vitória de Dilma Rousseff (PT) gerou uma das polêmicas linguísticas mais inúteis da história. Ela é presidente ou presidenta?
Há dezenas de teses para cada um dos lados. O fato é que ela quer ser chamada de presidenta. E que há uma certa norma entre petistas, governistas e puxa-sacos em geral para não desobedecer a ordem.
Hoje a senadora Marta Suplicy (PT-SP) chegou ao cúmulo de corrigir José Sarney (PMDB-AP) durante um pronunciamento da cadeira de presidente do Senado. Após ele referir-se por três vezes a Dilma como “presidente”, ela pediu um “pela ordem” e corrigiu o colega.
Membro da Academia Brasileira de Letras, Sarney advertiu que as duas formas estão corretas. E que usou o modo francês: “madame le président”.
A explicação de Sarney é uma bobagem. Mas mais bobagem ainda foi a intervenção de Marta.
Dilma tem todo direito de querer ser chamada de “presidenta” – que, aliás é um reforço válido de marketing para valorizá-la como mulher em uma terra em que as mulheres são sub-representadas na política.
Assim como todos têm o direito de preferir “presidente”.
Infelizmente, nem todo mundo pensa assim.
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