Está dada a largada por duas cadeiras de ministro cobiçadíssimas em Brasília – uma do Tribunal de Contas da União (TCU), outra do Supremo Tribunal Federal (STF). A disputa será árdua e essencialmente política.
No TCU, Ubiratan Aguiar aposenta-se compulsoriamente aos 70 anos. Cabe à Câmara dos Deputados indicar seu sucessor. Apesar de o salário ser menor que o de deputado (R$ 25,3 mil contra R$ 26,7 mil) há uma fila de 10 parlamentares de olho na vaga – incluindo o paranaense Osmar Serraglio (PMDB).
No STF, a expectativa é de emoções ainda mais fortes. Ellen Gracie, 63 anos, deixa a corte sete anos antes da aposentadoria compulsória. Dizem que Dilma Rousseff já decidiu que quer uma mulher para substituí-la. Políticos de todos os lados querem dar o seu pitaco.
No meio da algazarra, entidades de classe aproveitam para defender escolhas técnicas. Seria uma excelente pedida em tempos de colapso de politicagem na Esplanada. Pena que não passa de um sonho – ao que tudo indica, não será desta vez que o CV (Curriculum Vitae) valerá mais que o QI (Quem Indica).
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