Nunca foi o casamento perfeito. Dilma Rousseff, uma desenvolvimentista da Unicamp (ela começou o mestrado e doutorado em economia na universidade, mas não terminou), nunca foi lá muito a cara de Joaquim Levy, um “Chicago Boy” (alcunha dos economistas que passaram pela Universidade de Chicago, de formação mais liberal, onde ele fez pós-doutorado). Ainda assim, todos fizeram força para que os opostos se atraíssem.
Eis que a notícia do momento é a chance de divórcio. Levy reclamou de isolamento após as últimas trapalhadas patrocinadas pelo Palácio do Planalto e sinalizou que pode deixar o Ministério da Fazenda. Dentre elas, não teria sido informado sobre a desistência repentina de Dilma de patrocinar a volta da CPMF (logo ele, que não queria saber do tributo e preferia cortes de gastos).
Se realmente pedir para sair, Levy será protagonista da crise mais aguda de Dilma. Perdê-lo é mais complexo que perder o PMDB. Brigas por politicagem são digestíveis.
A questão é que Levy assumiu para consertar as lambanças da própria Dilma na economia. Um pedido de demissão significa que elas são irreparáveis.
Quem quer que assuma, com papel de mãos-de-tesoura ou não, assumiria sem qualquer credibilidade. Se hoje fala-se em 80% de chance de o governo perder o grau de investimento, para 110%.
Pode usar as mesmas porcentagens sobre as chances de os parlamentares desencadearem um processo de impeachment.
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