A coisa mais patética das eleições ocorre quando organizadores de campanha simplesmente se comportam como líderes de torcida organizada. Começou há uma semana, quando apoiadores de Dilma Rousseff aprontaram a maior gritaria devido a um comercial que comemora os 45 anos da Rede Globo.
Para muitos petistas, tratava-se de uma propaganda “descarada” a favor de José Serra (o número do PSDB é 45). Além disso, o mote da campanha era assim: “Todos queremos mais. Brasil, muito mais. É a escolha que nos satisfaz.” Já o slogan de Serra é “O Brasil pode mais”.
Como ficou comprovado, a campanha da emissora foi produzida em novembro do ano passado. Ou seja, só se o diretor de arte fosse Nostradamus para adivinhar a similaridade. De qualquer jeito, o comercial não foi para o ar.
No fim de semana, foi a vez dos inflamados petistas sentirem na pele a tática do achar pelo em ovo. O recém-lançado blog da Dilma traz uma sequência de fotos que sugerem que Dilma é, na verdade, a atriz Norma Bengell.
Nascia mais um tumulto – Dilma, acusada recentemente de fraudar o próprio currículo, estaria fraudando a própria imagem!
Bobagem da grossa. Dilma não precisa disso. Tanto que ontem a própria Norma Bengell disse que o episódio não tinha nada demais e que não era necessário nem um pedido de desculpas.
Norma, cujo último papel na Globo foi o da “sapatão” Dona Deise, no extinto seriado Toma-lá-dá-cá, deu uma aula de bom senso. Pena que é quase certeza que ela não vai servir de exemplo. Esses dois episódios serão só os primeiros capítulos de uma longa novela sem noção.
Veja abaixo a campanha que não foi para o ar:
E o blog da Dilma:
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