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Pode até parecer glamoroso ser ministro, senador, deputado e até presidente. Mas a grande verdade é que, se o sujeito quiser levar a coisa a sério, dá um trabalho danado. E sobra bem pouco, quase nada, de pompa.

Por isso causa certo espanto a história de que a empresária Luiza Trajano, dona da rede de lojas Magazine Luiza, poderia assumir a futura Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Até porque a trajetória dela é brilhante, milionária. Não tem nada de “micro”.

Personalidades do meio empresarial e artístico devem ter engulhos com o ambiente de Brasília. Ao contrário do que se possa imaginar, os gabinetes da Câmara dos Deputados são bem mais espartanos que estúdios de televisão ou coxias de teatro.

Sem falar no salário. Claro que os R$ 26,7 mil pagos a parlamentares e ministros são bem interessantes. Mas não dá para comparar com o pro labore de dona Luiza ou os contratos milionários de Romário – mesmo quando ele já estava perto de pendurar as chuteiras.

Por último, há a burocracia. Qualquer empresário bem sucedido tem orgulho do dinamismo de sua firma, de resultados rápidos. No serviço público, tudo é tão leeeento que desanima qualquer um.

É bom lembrar que os políticos “celebridades” não existem apenas no Brasil. O hoje Nobel Vargas Llosa já se candidatou a presidente do Peru. Na Itália, a atriz pornô Cicciolina foi deputada – e o atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, é dono do Milan e magnata da comunicação.

Claro que alguns persistem, porém a maioria desiste no meio do caminho. O fato é que um político virar celebridade, como Lula, é até normal. O caminho contrário é que une o nada ao lugar nenhum.

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