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O presidente do STF, Gilmar Mendes, sentou ontem no banquinho de madeira da presidência do Senado. É de lá que saem as fotos das memoráveis conversas a dois do Congresso. E acordos de deixar os cabelos em pé.

Mendes foi pedir ao senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) apoio para que os ministros do Supremo tivessem aumento. Quer passar de R$ 24,5 mil para R$ 25,7 mil por mês. Não é lá um reajuste tão ousado e, contando que beneficiaria apenas 11 ministros (descontando um possível efeito cascata), teria um impacto pequeno.

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Mas foi só falar em grana que apareceu aquele olho grande. Senadores e deputados também querem dar um salto nos rendimentos. A diferença é que eles querem ganhar o mesmo que os juízes da Suprema Corte e pular de R$ 16,5 mil para R$ 25,7 mil.

É só multiplicar o aumento de quase R$ 9 mil por 513 deputados e 81 senadores para ver o estrago. Sem contar que o Parlamento quer incluir o presidente na história e que o aumento desce rolando pelas assembléias legislativas e câmaras municipais.

O duro é que um aumento que até parece justo foi ofuscado pela equiparação dos congressistas. Mendes, político, disse que defende a isonomia entre os salários. Desse jeito, ao estilo trem da alegria, dificilmente alguém vai engolir.