Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil| Foto:
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O político que pode começar o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff voltou a dizer que não há motivo para o processo. Em entrevista exclusiva, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que as pessoas estão confundindo impeachment com “recurso eleitoral”. Veja o que ele falou. E clique aqui para ver a entrevista completa.

O sr. já se posicionou diversas vezes contrário ao início de um processo de impeachment contra Dilma. O que faria o sr. mudar de ideia?
Nesse momento? Só mudaria de opinião se houver um prato praticado por ela, no exercício do atual mandato e que haja uma denúncia do procurador-geral da República por crime de responsabilidade e que alguém proponha à Câmara uma denúncia sobre isso. É o que está na lei. Tem que ser uma ação decorrente do exercício do mandato. Na minha opinião, não tem o que fazer quanto a isso.

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Mas o que o sr. acha da pressão popular pelo impeachment?
As pessoas estão achando que impeachment é recurso eleitoral. Não é. Impeachment é uma situação de constrangimento do país, de impedimento do presidente da República. Só aconteceu uma vez na nossa história, por outras razões. Você não pode achar que o Brasil é uma republiqueta que vai trocar presidente de uma hora para outra. O sistema presidencialista leva a isso. Quem votou e se arrependeu tem que esperar quatro anos para mudar de presidente. Assim como aquele que votou em mim e se arrependeu também tem que esperar. Não tem jeito. Faz parte da vida. É bom até para o aprendizado político, para que da próxima vez as pessoas prestem bem atenção em quem vão votar.