Mesmo após seis meses de debate, a maioria dos lideres partidários da Câmara dos Deputados quer mais tempo para colocar em votação o projeto Ficha Limpa, que torna mais difícil a candidatura de políticos com problemas na Justiça. A demora inviabiliza a possibilidade de o texto valer ainda para as eleições de outubro. A proposta deveria ser votada ontem em plenário, mas só deve entrar na pauta em três semanas.
A expectativa de decidir o assunto rapidamente foi enterrada pela ação de nove partidos da base aliada ao governo Lula. Líderes do PT, PMDB, PP, PTB, PR, PSB, PC do B, PDT e PMN se negaram a assinar o requerimento de urgência para a matéria, que foi encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A urgência agilizaria a votação em plenário e, no entanto, só contou com o apoio de PSDB, DEM, PPS, PSC, PSOL, PHS e PV.
O projeto de iniciativa popular foi organizado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e conta com 1,6 milhão de assinaturas. O texto original chegou à Câmara no dia 29 de setembro de 2009 e foi debatido por um grupo de trabalho com representantes de todas as legendas por 40 dias. O conteúdo foi modificado em alguns pontos e transformou-se em um substitutivo do relator, deputado Índio da Costa (DEM-RJ), que inclui a necessidade de condenação por um tribunal colegiado para estipular a inelegibilidade – e não apenas a sentença em primeiro grau prevista na primeira versão.
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