Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito nesta tarde para o quarto mandato como presidente do Senado. Ele recebeu 49 votos, contra 31 do colega de partido Luiz Henrique da Silveira (PMDB) – houve ainda um voto nulo. Apesar do esforço de parlamentares “independentes” e da nova composição da oposição na Casa, o peso da base governista foi decisivo para o resultado.
Calheiros teve o apoio de pelo menos 15 dos 21 senadores peemedebistas, além dos 13 representantes da bancada petista. Luiz Henrique teve o apoio de dissidentes do PMDB, além de sete outros partidos – PP, PDT, PSDB, DEM, PSB, PPS e PSOL.
Em discurso antes da eleição, Calheiros falou principalmente sobre os feitos de sua última gestão. “Todos os compromissos que assumimos há dois anos foram cumpridos. Estamos renovando a cada dia, administrativamente e politicamente o Senado”, disse.
Pelos cálculos do peemedebista, as medidas tomadas por ele nos últimos anos permitiram uma economia de R$ 530 milhões em dois anos, com ações como corte de funções comissionadas, restrições ao pagamento de horas extras, aplicação do teto salarial constitucional e criação do Conselho de Transparência do Senado.
Também acenou com um bom relacionamento com a oposição. “A voz da oposição é insubstituível.”
Lava Jato
O alagoano é um dos 28 parlamentares citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa na delação premiada à Polícia Federal, dentro da operação Lava Jato, que investiga corrupção e desvio de recursos na estatal.
Além disso, a biografia de Renan guarda uma das maiores reviravoltas políticas do Congresso. Ex-ministro da Justiça na gestão Fernando Henrique Cardoso, Renan foi eleito presidente do Senado pela primeira vez em 2005, no final do primeiro mandato de Lula. Em 2007, graças ao entrosamento com os petistas, conquistou uma reeleição tranquila. Até que, meses depois, foi pivô de um furacão de denúncias que envolviam uma filha fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso.
Renan não conseguiu comprovar de onde vinham os recursos para pagar a pensão da menina (que eram entregues pelo lobista de uma construtora), mas escapou duas vezes da cassação em plenário. Renunciou ao cargo para encerrar a polêmica, recomeçou por baixo e, em 2013, novamente com o apoio do PT, voltou à presidência do Senado.
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