A “virada” na disputa interna pela candidatura própria do PMDB somada ao empate técnico com Beto Richa (PSDB) no Datafolha e outras pesquisas qualitativas favoráveis fizeram o senador Roberto Requião (PMDB) acreditar que era o favorito para vencer a eleição no Paraná. “Naquele momento [começo de agosto], Requião achou que estava eleito”, diz o deputado federal João Arruda (PMDB), sobrinho do senador.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 15 de agosto, Richa tinha 39% das intenções de voto contra 33% de Requião (a margem de erro era de três pontos porcentuais). Ao final da disputa, o tucano venceu no primeiro turno com 55% dos votos válidos, mais que o dobro dos 27% de Requião. No começo da campanha, o senador também teve uma “vitória moral” intrapartidária, ao evitar que o PMDB se coligasse com o PSDB e o lançasse como candidato.
Quarto mais votado para a Câmara no estado, Arruda diz que a falta de recursos e uma “campanha competente” de Richa foram fundamentais para evitar que a tendência de vitória se concretizasse. “Eles [PSDB] se impuseram fazendo campanha, usando aliados fortes, como o Ratinho Júnior. Também fizeram um programa de tevê muito eficiente”, declarou o deputado.
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