O governador Beto Richa (PSDB) revisou a meta fiscal do ano passado, que passou de superávit para deficit, conforme mostra reportagem de Euclides Lucas Garcia. Não por mera coincidência, você já viu esse filme antes. Dilma fez o mesmo, com uma diferença – alterou as contas em dezembro de 2014, durante exercício do mesmo ano fiscal, enquanto o tucano deixou para o exercício seguinte (o que parece ainda mais estranho).
A decisão de Dilma e o conluio com a base aliada do governo no Congresso gerou o esperneio (com razão) da oposição em Brasília. E quem vocalizou as críticas feitas à época foi o presidente do PSDB, Aécio Neves.
Em discurso na tribuna do Senado, o segundo colocado nas últimas eleições presidenciais acusou a petista de crime de responsabilidade, o que pode levar à instauração de processo de impeachment.
“Todo esse açodamento […] tem um único objetivo, que deve ficar absolutamente claro: anistiar a senhora presidente da República do crime de responsabilidade que cometeu e livrá-la das sanções estabelecidas por esta Casa”, declarou.
E tinha mais. Em entrevistas, Aécio falou sobre os riscos de credibilidade da medida. “Isso ao meu ver afugenta investimentos, desaquece a economia e deixa de gerar empregos para os brasileiros.”
Resta saber quem vai topar ocupar o papel de Aécio na Assembleia Legislativa do Paraná.
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