Em pelo menos um aspecto não há divergência entre os três senadores paranaenses: Demóstenes Torres merece ser cassado. É assim que Alvaro Dias (PSDB), Roberto Requião (PMDB) e Sérgio Souza (PMDB) prometem votar quando o processo contra o colega goiano chegar ao plenário.
Quando o assunto é Paraguai, no entanto, a situação muda. Presidente da Comissão Brasileira no Parlamento do Mercosul, Requião tem defendido com unhas e dentes o ex-presidente Fernando Lugo, vítima de um processo de impeachment que durou apenas 30 horas.
Requião, aliás, já demonstrava simpatia por Lugo desde que era governador. Vale lembrar que o então secretário estadual de comunicação, Airton Pisseti, foi coordenador de marketing da campanha presidencial do ex-bispo em 2008.
Do outro lado, Alvaro e Souza têm se posicionado favoravelmente à decisão do Congresso paraguaio pelo impeachment de Lugo. Ambos receberam ontem parlamentares paraguaios que apoiam o novo presidente, Federico Franco.
Souza vai mais longe e diz que não é papel do Senado se preocupar com questões da soberania paraguaia, mas com a instabilidade econômica gerada pela crise no país vizinho. A saída do Paraguai do Mercosul, por exemplo, afetaria contratos já estabelecidos entre brasileiros e paraguaios.
Quem está certo? É melhor não fazer julgamento precipitado, até para evitar um novo caso Lugo.
***
Siga o Conexão Brasília no Twitter!
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF