Aqueles que querem entender um pouco da vida como ela é nos bastidores do núcleo duro da política, seja em Washington, em Brasília ou Pequim, têm um ótimo manual de instruções à disposição: a série “House of Cards”, do Netflix. Para se ter ideia da dimensão do sucesso da produção, o maior fã e garoto propaganda do negócio nos EUA é o presidente Barack Obama.
A história gira em torno de um deputado pilantra da Carolina do Sul. Frank Underwood, interpretado pelo ganhador do Oscar Kevin Spacey, é um democrata que foi crucial na eleição do novo presidente norte-americano e também exerce o cargo de corregedor da Câmara. Antes da posse, ele quer cobrar a fatura e ser escolhido secretário de estado, posto mais glamouroso do governo dos Estados Unidos.
Underwood, no entanto, leva um toco e escuta o famoso: “precisamos de você nos ajudando no Congresso”. Irado, ele mexe os pauzinhos e consegue derrubar o secretário de estado que tomou o seu lugar antes da nomeação e ainda emplaca uma sucessora de confiança. Nos 13 primeiros capítulos, ele articula uma intrincada jogada para derrubar o vice-presidente e ser nomeado em seu lugar.
A série mostra com crueza a relação entre jornalistas e políticos na busca por “informações”. E como os repórteres aceitam ser manipulados para conseguir reportagens exclusivas, impressionar os chefes e ganhar notoriedade. Um círculo vicioso no qual apenas os políticos saem ganhando.
Vale acompanhar a primeira e segunda temporadas, que foi lançada hoje, principalmente para fazer paralelos com a política brasileira. Você vai dar de cara com figuras idênticas a todos os nossos Renans, Sarneys, Collors, FHCs e Lulas. Não, o retrato não é lá dos mais bonitos.
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