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Serra: vitória é obrigação, derrota é catástrofe

Eis que aconteceu o que todos esperavam: José Serra vai ser o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo. Parece uma viagem no tempo. Em 2004, dois anos após perder a primeira eleição para presidente, ele fez a mesma coisa.

Naquela ocasião, deu certo. Só que em 2006 ele descumpriu a promessa de que exerceria os quatro anos de mandato e se candidatou governador. Também deu certo.

Será que ele consegue reescrever essa trajetória e voltar a ser candidato a presidente (seja em 2014 ou 2018), como parece ser sua principal estratégia?

Difícil dizer. O fácil de notar é que Serra é tratado pelos tucanos como único antídoto para evitar uma derrota para os petistas na maior e mais rica cidade do Brasil. Perder São Paulo é encarado como o “princípio do fim”.

Por isso Lula fez questão de sedimentar a candidatura do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. Seria a primeira batalha para depois tentar tirar o controle do estado do PSDB.

Sem o maior colégio eleitoral do país, os tucanos, que já apanham para fazer oposição em Brasília, estariam realmente encrencados.

É inegável que Serra é o favorito em São Paulo. Mas isso não quer dizer que a eleição dele é uma barbada.

Vai funcionar mais ou menos assim: se Serra ganhar, não fará nada mais do que a obrigação.

Se perder, o estrago será praticamente impossível de ser consertado.

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