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Enquanto pipocam cada vez mais denúncias sobre desvios no Ministério da Agricultura, o paranaense Reinhold Stephanes dá algumas deixas do que ocorre na pasta. Em entrevista publicada hoje na Gazeta do Povo, ele confirma o desgaste que teve no PMDB por não ter atendido alguns pedidos para lotear o ministério. Veja alguns trechos:

Mas sabe-se que o senhor enfrentou pressões políticas. Como elas eram feitas?
Pressão política funciona assim: ou você aceita, ou não. No meu caso, eu não aceitei. Eventualmente poderia considerar algumas indicações técnicas que fossem adequadas, mas só isso.

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Houve um caso notório de um racha entre o senhor e uma ala do PMDB que tentou fazer uma indicação política para o comando do fundo de pensão dos funcionários da Embrapa. Como isso aconteceu?
Isso realmente aconteceu e se tornou público na época. Eu recebi as indicações, mas não aceitei porque não achei correto. Não aceitar indicações me desgastou no PMDB.

Foi esse desgaste que impediu que o senhor fosse reconduzido ao cargo no governo Dilma?
Não sei bem, acho que foi uma opção da presidente, que resolveu manter o nome que me sucedeu. Não quero entrar nesse mérito.

E o desgaste persiste?
Persiste. Mas não só por essa razão, por outras razões também.

O senhor tem uma atuação muito forte atualmente na Comissão de Agricultura da Câmara, mas não tem sido muito prestigiado na relatoria de projetos importantes. É um resquício desse atrito?
O que depende da minha atuação pessoal, eu consigo fazer e tenho uma participação realmente forte. No que depende da atuação institucional partidária, da distribuição dos líderes, aí evidentemente minha atuação ficou comprometida.

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