Se Lula fosse paranaense diria, até com propriedade, que nunca na história deste estado um político demorou tanto para tomar uma decisão. A novela Osmar Dias (PDT), que ainda não diz se concorrerá a governador ou à reeleição para o Senado, tem ocupado o noticiário há mais de três meses. Antes disso, a dúvida que se arrastou por mais de ano era se o pedetista receberia o apoio do PSDB ou do PT.
Tem gente que acha Osmar indeciso, tem gente que tem certeza absoluta. E o pior é que ele detesta ser chamado disso.
No fundo, no fundo, o senador escolheu uma estratégia e está cumprindo o planejado à risca. Após ser traído pelos tucanos, que lançaram Beto Richa candidato ao Palácio Iguaçu, decidiu que só será candidato se juntar incondicionalmente PT e PMDB na chapa. Como juntar-se aos inimigos de 2006 não é lá tão fácil, preferiu jogar com o tempo.
Osmar chamou o jogo para si e o desespero para petistas e peemedebistas. Eles é que têm de se virar para arrumar uma chapa com chances de vitória. E, se não arrumarem, o senador fecha com o PSDB e ponto final.
O pior é que os tucanos ajudam a estratégia de Osmar. Quando o presidente estadual do partido, Valdir Rossoni, diz que já está acertado com o pedetista, peemedebistas e petistas trabalham ainda mais para fechar com Osmar.
Assim será até 30 de junho.
Essas negociações são desgastantes politicamente, mas eleitoralmente quase não têm impacto. Ou seja, Osmar negocia com a esquerda e com a direita, mas o eleitor quer saber é de xingar o Dunga. Enquanto isso, todos os lados testam os seus nervos.
Como já disse o ministro Paulo Bernardo, parece aquele velho jogo de criança. Quem piscar primeiro, perde. Até lá, haja paciência.
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