Matéria publicada hoje na Gazeta do Povo:
Uma promessa, dois consensos e várias dúvidas cercam o debate sobre saúde pública entre os três principais pré-candidatos a presidente. Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) são unânimes em defender mais dinheiro para a área. Os três apoiam a regulamentação da Emenda Constitucional n.º 29 – o que garantiria mais verbas para o setor. Mas, ao mesmo tempo, rejeitam a criação de um novo imposto nos moldes da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar a saúde. Nenhum deles, porém, apresenta propostas objetivas para colocar as ideias em prática.
Remetidas ao passado, as sugestões colocam o trio em xeque. Aprovada em 2000, a Emenda 29 fixou os porcentuais mínimos do orçamento que devem ser gastos com saúde pela União (10%), estados (12%) e municípios (15%). Há dez anos, contudo, a aplicação efetiva do texto espera pela aprovação de uma lei complementar, emperrada no Congresso.
Nesse período, os governos Lula (PT) e Fernando Henrique (PSDB) nunca se empenharam a favor da votação. Já a CPMF, criada na gestão tucana, em 1997, sobreviveu a todo primeiro mandato de Lula e só deixou de ser cobrada porque teve a renovação barrada pelo Senado em 2007. Ministro da Saúde entre 1998 e 2002, Serra não se opôs ao imposto do cheque, assim como os também ministros petistas Dilma (Minas e Energia e Casa Civil, entre 2003 e 2010) e Marina (Meio Ambiente, entre 2003 e 2008).
Leia mais aqui.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião