Cabe à presidente Dilma Rousseff questionar e intervir na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para evitar que a Copa do Mundo de 2014 se torne um “grande escândalo internacional”. A avaliação é do jornalista Andrew Jennings, autor do livro Jogo Sujo: O Mundo Secreto da Fifa. O britânico participou ontem de uma audiência pública no Senado e falou sobre as denúncias de corrupção que envolvem os presidentes da Fifa, Joseph Blatter, e da CBF, Ricardo Teixeira.
O conteúdo da apresentação será encaminhado ao Palácio do Planalto.
“Se vocês querem o respeito do mundo, entreguem a organização [da Copa] a pessoas limpas”, disse. Jennings declarou que, se pudesse falar com Dilma, aconselharia ela a conversar com Teixeira e pedir o relatório final de um processo encerrado pela Justiça da Suíça no qual ele supostamente teria admitido que recebeu propina em contratos de marketing esportivo. A ação também envolve Blatter e o ex-presidente da Fifa, João Havelange.
De acordo com as apurações do jornalista, o caso comprova que Havelange teria recebido cerca de US$ 50 milhões em propina e Teixeira, US$ 9 milhões. Em uma negociação que levou ao arquivamento do caso, porém, os dois dirigentes teriam aceitado doar 2,5 milhões de francos suíços para instituições beneficentes e assinado uma confissão para que o assunto permanecesse em sigilo. O britânico estima que a Suprema Corte da Suíça vai divulgar o nome dos envolvidos em 12 meses.
“Isso vai atingir diretamente o senhor Teixeira. Ou seja, um grande escândalo paira sobre a Copa”, afirmou. A solução, na avaliação de Jennings, é uma ação imediata dos poderes públicos brasileiros, a começar pela presidente Dilma. “Se continuar assim, a presidente vai precisar de um assistente atrás dela com uma bacia d’água para lavar as mãos todas as vezes que cumprimentar Blatter.”
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