Virou moda na internet durante e depois a eleição: as pessoas perderam a noção de certo e errado, de bom senso e, o pior, do que é crime. Os nordestinos, que embalaram a vitória de Dilma Rousseff (PT), são o alvo preferencial de ataques xenofóbicos.
Uma estudante de Direito paulistana chegou ao cúmulo de escrever o seguinte no Twitter e no Facebook:
“Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”
“Deem direito de voto para nordestinos e afundem o país de quem trabalhava para sustentar os vagabundos que fazem filho para ganhar o Bolsa 171”.
O caso ganhou a repercussão que merece. As seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco e São Paulo posicionaram-se oficialmente lamentando os acontecimentos.
A estudante apagou os comentários e pediu desculpas.
É o suficiente? Isso a Justiça vai dizer.
Mas a lição é que a internet não é terra de ninguém. Crime é crime em qualquer plataforma. Um pouco de senso do ridículo não faz mal a ninguém.
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Leia a matéria publicada hoje na Gazeta do Povo sobre racismo on-line.
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