| Foto: Ecobirdy/Reprodução
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Combater a cultura do descarte é um dos caminhos para se promover a economia circular. Mas outro princípio fundamental, como comentamos no artigo anterior, é “manter produtos e materiais em uso." Ou seja, criar produtos e materiais mais duráveis que possam circular o maior tempo possível. Lembra daquele ditado: "o produto mais sustentável que temos é aquele que já existe?".

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Agora, trazemos alguns cases de como o design circular vem redesenhando sistemas, produtos e o materiais de modo transformar lixo em recurso e que colocam o design circular na prática. Confira!

MIWA

| Foto: J. Sabino/Miwa/Reprodução
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A empresa tcheca MIWA, Minimum Waste, projetou um sistema circular de cápsulas reutilizáveis. Neste sistema as cápsulas substituem embalagens de uso único por recipientes duráveis e reutilizáveis. A empresa atualmente fornece a lojas e supermercados um modelo de negócio completo para que os mesmos possam vender suas mercadorias, de maneira limpa e eficaz, minimizando drasticamente o desperdício de embalagens.

Kunst-S

| Foto: Kunst/Reprodução

A Kunst-S, um estúdio de design holandês criou uma série de vasos feitos com mais de 600 embalagens plásticas do chocolate Ferrero Rocher. As peças são feitos a partir de um resíduo específico, o polipropileno encontrado nas embalagens, o que permite que os vasos passam ser novamente reciclados e transformados em novos produtos no futuro. Kunst-S ressalta que todos os resíduos gerados pelos vasos e outras peças são novamente utilizados pelo estúdio para a fabricação de novos produtos; assim a produção do estúdio é zero desperdício.

Auping

| Foto: Auping/Reprodução

Auping – produtor de colchões e camas - desenvolveu o Evolve, um colchão que consiste em apenas dois materiais: aço e poliéster. Esses dois componentes podem ser facilmente separados e reutilizados continuamente, pois não são colados como colchões padrão. A empresa também lançou um sistema de take back, no qual quando eles entregam um colchão novo na casa dos clientes, eles se oferecem para recolherem o colchão antigo – mesmo que não seja da Auping, e processá-los de maneira correta.

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Ecobirdy

| Foto: Ecobirdy/Reprodução

Designers de Antuérpia lançaram a EcoBirdy, uma marca que transforma brinquedos infantis em móveis. Os fundadores da marca, explicam que brinquedos usam ainda mais plástico do que outros bens de consumo. E 90% deles, são utilizados por seis meses em média enquanto que 80% deles acabam em aterros sanitários, incineradores ou no oceano. Os móveis da EcoBirdy são feitos 100% de resíduos plásticos reciclados de brinquedos. O processo de produção da empresa começa com a coleta, triagem, limpeza e trituração de brinquedos velhos e descartados. Uma vez separados por cores, os plásticos triturados se transformam em uma superfície com a qual os móveis são feitos. A empresa utiliza tecnologias inovadoras eliminando a necessidade de adicionar pigmentos ou resinas em seus móveis, o que faz com que os mesmos possam ser reciclados novamente.

Tijolos ecológicos

| Foto: FaBricks/Reprodução

A arquiteta francesa Clarisse Merlet fundou a FabBrick para transformar resíduos da indústria têxtil em tijolos ecológicos. Desde 2018, a FabBrick projetou mais de 40.000 tijolos, reaproveitando 12 toneladas de tecidos reciclados. Os tijolos podem ser usados para móveis e paredes divisórias. ⁣E apresentam ótimas propriedades: resistência mecânica -- semelhante aos blocos de concreto, boas qualidades isolantes, acústicas e térmicas, e boa resistência ao fogo e à água. A FabBrick utiliza uma máquina patenteada e uma cola 100% ecológica para produzir seus tijolos. Segundo Merlet, “a parte mais difícil da pesquisa foi fazer uma cola ecológica à prova de apodrecimento, que não desenvolve mofo”. ⁣

Ahrend

| Foto: Ahrend/Reprodução
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Ahrend -- uma marca holandesa, criou o "Furniture as a Service" -- um serviço de assinatura para empresas no qual elas pagam apenas pelo período em que usarem o mobiliário, enquanto a Ahrend continua sendo a proprietária do móveis. Com este serviço, a marca criou uma plataforma de compartilhamento onde é possível trocar móveis com base na oferta e demanda entre as os clientes que assinam o serviço. A plataforma funciona como um marketplace de móveis, onde as empresas podem devolver produtos usados. A Ahrend reforma móveis antigos e reutiliza com outro cliente, e isso só é possível porque seus produtos são criados usando um sistema de design modular. É possível ajustar tamanhos, trocar estofados ou envernizar peças em diferentes cores.

Fairphone

| Foto: Fairphone/Reprodução

O smartphone Fairphone é projetado em partes modulares para que componentes não operacionais possam ser substituídos e/ou reparados. Em sua loja online, é possível comprar peças sobressalentes para telefones, assistir a tutoriais de reparo gratuitos e participar do “programa de devolução” que apoia a reutilização e reciclagem de telefones antigos.

A Fairphone é a primeira e única empresa de smartphones a ser certificada pela Fairtrade gold. A empresa utiliza mais substâncias recicladas, obtém as menos nocivas ao meio ambiente e trabalha com minas que capacitam comunidades vulneráveis e proporcionam melhores condições de trabalho.