O aprendizado continuo é o caminho e por isso arriscar com soluções nunca antes utilizadas, é essencial para o aumento de competências.| Foto: Rawpixel.com / Freepik
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Realizamos o encontro "Changemakers – Leading the way in a digital world", que teve como objetivo provocar debates e reflexões acerca das competências e mindset para as lideranças transitarem nesse universo de novidades das tecnologias, sejam elas o ChatGPT, a Inteligência Artificial e suas aplicabilidades.

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O encontro contou com a participação de Cassio Pantaleoni, que lançou recentemente seu livro "Humanamente Digital". Pantaleoni ocupou posições executivas em grandes multinacionais de software e, atualmente, é sócio-investidor da Bloom Capital.

Entre os temas trazidos, Cassio discorreu sobre a linha tênue entre a ética e os nossos vieses, e como isso influencia nossas decisões. Ele destacou a necessidade de trazer o tema ao debate, de modo a tomarmos consciência de que qualquer ser humano está sujeito a vieses - inclusive aqueles que desenvolvem a Inteligência Artificial. Qualquer algoritmo nasce de uma mente humana, ou seja, por mais neutros que pretendamos ser, é impossível não incorrer em algum viés.

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Cassio falou, ainda, sobre sua percepção de futuros impactos que não se restringem apenas às atividades repetitivas realizadas por agentes com Inteligência Artificial, mas também os efeitos em diversas aplicações da tecnologia, no surgimento de novas profissões, nos novos posicionamentos de marketing, na interação com a criação artística ou jornalística. Contudo, é preciso lembrar que algo ainda nos conecta entre o passado e este inevitável futuro; o SER HUMANO: o modo como investigamos o mundo, como nutrimos empatia pelo outro, e o olhar sistêmico com o qual damos relevância aos objetos com os quais interagimos.

Outra contribuição foi desenvolvida por Marcos Goes, executivo com larga experiência em transformação digital, fundador da Hazeshift. Segundo Goes, trata-se de um caminho sem volta, que exigirá um novo olhar, um novo posicionamento, uma amplitude para lidar com as inovações e para criar espaços de cocriação e de segurança psicológica que permitam testar, prototipar e aprender. Este é a nova abordagem que demandará outro tipo de disposição das lideranças.

“A liderança digital, em essência, tem como base a capacidade de desaprender para aprender continuamente. Esse líder é um entusiasta do chamado "lifelong learning" que, em tradução para o português, significa: “aprendizado ao longo da vida”. O líder digital tem desenvoltura para as novas tecnologias digitais com o propósito de liderar e facilitar equipes e organizações na era digital. Isso envolve a literacia digital, a “alfabetização digital”, que é a capacidade desse líder compreender as tecnologias digitais e como elas podem ser usadas para melhorar os processos de negócios, a comunicação e a colaboração dentro da equipe.

"Além disso, outra grande capacidade do líder digital é a sua habilidade para liderança em ambientes complexos. Essa atuação traz a necessidade da experimentação como direcionador das estratégias de negócios que cada vez mais demandam da inovação para a sustentabilidade das organizações. Dentro desse contexto de transformação dos negócios, um líder digital deve ser capaz de liderar equipes remotas e colaborar com colegas de trabalho distribuídos geograficamente, tendo a comunicação assíncrona e a confiança como a cola que mantém toda a operação e os resultados de uma equipe unida.”, afirmou Goes.

O evento promovido pelo Instituto Connect em parceria com a Inova Business School, debateu dicas para que os executivos, os líderes organizacionais e conselheiros tenham fluência digital. Ambientes como esses fomentam discussões de vários pontos de vistas, inclusive com a amplitude de olhar, o que contribui para o desenvolvimento executivo.

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Para Pantaleoni, tudo passa pela capacidade de atualização constante, não somente no âmbito tecnologico, mas também no universo humano. Segundo ele, a fluência digital é essencialmente uma fluência na capacidade de adaptar a tecnologia para a sustentabilidade da sociedade digital.

Outra painelista foi a Vanessa Colturato, executiva de empresas multinacionais e que atualmente está na Volvo. Ela trouxe reflexões sobre o mundo corporativo, ou seja, como olhar as “HYPERS” do mercado, o portfólio infinito de soluções, apps, startups etc. e fazer o link interno de qual solução adotar, se é o momento, a forma etc.

Esta claro que o aprendizado continuo é o caminho e, por isso, arriscar com soluções nunca antes utilizadas é essencial para o aumento de competências. E essa ousadia exigida dos gestores requer essa competência de fluência digital, não apenas para optar por soluções, mas, sobretudo, para gerar debates e reflexões a cerca dos vieses, a aplicabilidade e todos os itens envolvidos em uma adoção de tecnologia.

Para Silvana Pampu, moderadora do debate e fundadora do Instituto Connect, gerar esse tipo de encontro democratiza o conhecimento e, principalmente, traz um senso de comunidade pelas trocas, pela vulnerabilidade do grupo, visto que são temas que cada um tem um nível de adoção da tecnologia, nível de maturidade das empresas e, principalmente, a aplicabilidade será focada em cada necessidade e estratégia.

* A convite do Instituto Connect.

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