Encontro promovido pelo Instituto Connect, em parceria com o Sistema Fiep, reuniu membros da Confraria de Executivos e convidados para debaterem o tema da inovação no Habitat Senai.| Foto: Divulgação.
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O Instituto Connect, juntamente com o Sistema Fiep, articulou um encontro com a Confraria de Executivos e convidados para debaterem o tema da inovação. Sediado no Habitat Senai, o evento contou com diversos executivos e articuladores do sistema de inovação como Cris Alessi, Fabricio Lopes e Silvana Pampu.

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Entre as reflexões geradas está como podemos nos inserir no ecossistema e aportar por meio de smart money, mentorias, abrir as portas das corporates para inovações abertas, ou seja, sermos ousados para fazer a diferença nesse universo de oportunidades que a inovação movimenta.

A inovação há muito tempo é reconhecida como um poderoso impulsionador da transformação social. Às vezes, não nos damos conta do impacto real da atração de investimentos globais, do impacto na cadeia produtiva e na prestação de serviços, da movimentação da economia com a geração de empregos, receitas etc. Mas reflita: o quanto você, enquanto indivíduo, está conectado aos diversos formatos de inovação, seja na empresa ou em sua vida privada?

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Existem inúmeras formas de se conectar com o ecossistema, e essa clareza é fundamental para termos mais pessoas articulando e abrindo portas para que as startups decolem e para que a nova economia desempenhe seu papel.

O Brasil ainda pode ser considerado um país em desenvolvimento, pois, em comparação com outros ecossistemas globais, temos muito a avançar no ciclo de maturidade. Especialmente quando olhamos para o percentual de investimento anjo e capital de risco corporativo (CVC), comparado com grandes potências globais.

No entanto, é nítido o avanço recente, com grandes ecossistemas, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Curitiba, Minas Gerais etc. Com esse avanço nas articulações, há um impacto significativo na promoção de ambientes favoráveis à inovação nas cidades, que certamente atrairão investimentos, gerarão empregos e criarão tendências de negócios.

Os investimentos anjos e o Corporate Venture desempenham um papel fundamental no desenvolvimento de empresas em estágio inicial e de alto crescimento, muitas vezes fornecendo o financiamento crítico necessário para pesquisa e desenvolvimento, operações de escala e expansão de mercado. Esses investimentos facilitam a inovação, apoiando empreendedores e fomentando um ecossistema propício a ideias disruptivas.

De acordo com dados recentes, os investimentos anjos globais atingiram novos patamares na última década. Somente em 2021, os investidores-anjo investiram aproximadamente US$ 11,7 bilhões em startups em todo o mundo (Fonte: Crunchbase). Da mesma forma, os investimentos de capital de risco corporativo testemunharam um crescimento notável, com empresas estabelecendo cada vez mais braços de risco para identificar e investir em startups promissoras. Em 2022, os investimentos globais em CVC ultrapassaram US$ 130 bilhões, demonstrando um aumento significativo em comparação com anos anteriores (Fonte: PitchBook).

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O Brasil, como uma das maiores economias da América Latina, experimentou um crescimento substancial nos investimentos em inovação nos últimos anos. O país possui um vibrante ecossistema de startups, caracterizado por um número crescente de empresas inovadoras em vários setores, incluindo tecnologia, fintech e tecnologia da saúde.

Segundo a Anjos do Brasil, entre 2019 e 2021, o Brasil testemunhou um aumento notável nos investimentos anjo, com investimentos totais superiores a US$ 270 milhões. Além disso, o capital de risco corporativo tem desempenhado um papel cada vez mais ativo no fomento à inovação no Brasil. Notáveis empresas internacionais estabeleceram braços de risco dedicados para explorar o cenário emergente de startups do país, contribuindo para o crescimento dos investimentos em inovação.

Para o futuro, espera-se que os investimentos em inovação continuem em trajetória ascendente. Prevê-se que os avanços tecnológicos, como inteligência artificial, blockchain e biotecnologia, gerem mais disrupções em todos os setores, levando a uma maior demanda por oportunidades de investimento.

Além disso, a pandemia da COVID-19 destacou a importância da digitalização e da inovação na resolução de desafios sociais. Governos, corporações e indivíduos estão reconhecendo cada vez mais a importância de investir em soluções inovadoras que possam abordar questões globais urgentes, incluindo mudanças climáticas, acessibilidade à saúde e infraestrutura sustentável.

As cidades, como centros de inovação ou ‘smart cities’, também têm passado por uma série de avanços desde a compreensão completa da amplitude do que se trata, como aponta Cris Alessi. As cidades protagonizam um espaço capaz de impulsionar a economia, aflorar capital criativo e emergir como ambientes críticos que promovem a inovação.

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Aqui, novamente, não se trata apenas de ter tecnologia, mas sim de desenvolver uma cultura forte, gerar uma rede colaborativa e articular vários players para o bem comum. Ao longo dos anos, continuaremos buscando progredir, e a inovação é o caminho para se chegar à "cidade ideal". As cidades inteligentes, por exemplo, utilizam a tecnologia para aumentar a eficiência, a conectividade e a qualidade de vida, atraindo empreendedores e investidores que buscam desenvolver soluções de ponta. Elas são um grande vetor da economia.

Head de Inovação no Sistema Fiep, Fabrício Lopes enfatiza a importância das "conexões de CPFs" como impulsionadoras da inovação. Essas conexões envolvem indivíduos ousados, motivados e resilientes, que superam desafios e buscam soluções criativas.

Em cidades inovadoras, a infraestrutura facilita o desenvolvimento de startups, proporcionando acesso a recursos valiosos, como instituições de pesquisa, empresas de capital de risco, incubadoras e aceleradoras presentes no local. Além disso, as conexões vão além das estruturas formais, envolvendo a interação entre empreendedores, investidores, profissionais de diferentes áreas e a comunidade em geral, como ocorre no Parque Tecnológico da Indústria, uma iniciativa do Senai Paraná, que tem como vertical a Mobilidade Inteligente.

Fabrício ainda reforça que cada pessoa desempenha um papel fundamental nesse ecossistema. "Empreendedores desenvolvem habilidades de liderança e pensamento criativo, investidores identificam oportunidades e fornecem recursos financeiros, profissionais contribuem com seus conhecimentos específicos e a comunidade apoia, divulga e consome os produtos e serviços das startups. Essas conexões impulsionam a criação de soluções inovadoras, que têm um impacto positivo na sociedade, promovendo o crescimento econômico, a geração de empregos e o avanço tecnológico. Assim, cada indivíduo tem a oportunidade de contribuir para um futuro mais próspero e sustentável por meio da inovação", finaliza.

Qual é seu papel no ecossistema em que está inserido?

Os investimentos em inovação, impulsionados por investidores-anjo e corporate venture, tornaram-se catalisadores essenciais para transformar a sociedade. Em um mundo de avanços tecnológicos sem precedentes e desafios globais, é imperativo continuar promovendo um ambiente que estimule a inovação.

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O Brasil, com seu crescente ecossistema de inovação, está preparado para aproveitar o aumento dos investimentos e impulsionar o crescimento econômico, atendendo às necessidades sociais urgentes. No entanto, a pergunta que devemos fazer é: estamos preparados para essa transformação?

Muitos acreditam que não "trabalham na área de inovação" ou que não são empreendedores, mas essas tecnologias e novas formas de relacionamento com o trabalho vão além disso. Para ser um profissional mais completo, é essencial ter fluência digital e entender como as novas tecnologias impactam sua equipe. É relevante estar conectado aos ecossistemas e acompanhar as discussões relacionadas ao seu negócio. Não precisamos esperar que alguém de fora venha perturbar nosso negócio ou nossa carreira. Devemos estar um passo à frente, construindo reputação em novos temas e explorando assuntos de forma abrangente, não superficialmente.

Para isso, é necessário encontrar sua "forma de sucesso" e equilibrar sua rotina para lidar com o presente e se manter antenado com o futuro. Nas empresas, chamamos isso de ambidestria corporativa, garantindo o funcionamento atual do negócio enquanto investimos no que nos assegurará o próximo passo.

Essa discussão sobre como a inovação faz parte de nossas carreiras, seja como mentor, conselheiro, investidor-anjo ou conciliando carreiras tradicionais com empreendedorismo, são temas relevantes e foram debatidos no encontro promovido pelo Instituto Connect e o Habitat Senai, do Sistema Fiep.

O instituto tem incentivado uma Confraria de Executivos, que compartilha conhecimento por meio de mentorias e organiza eventos híbridos, com o objetivo de fortalecer uma rede sólida de conexões e proporcionar uma jornada de aprendizado ao longo da vida. Fazer parte dessa comunidade de aprendizagem, na qual o desejo por conhecimento é o motor principal, é uma das possibilidades para aqueles que estão lendo este artigo.

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A Confraria de Executivos, promovida pelo Instituto Connect, é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, trata-se de uma comunidade de aprendizagens, conexões e experience como board advisor, peer coaching etc. Para ingressar ou estar por dentro dos próximos encontros acesse o site.

* Silvana Pampu é Founder do Instituto Connect, HRBP General Manager na Renault, Investidora-Anjo, Conselheira, Coautora dos livros "Meu Legado" e "Experiência do Colaborador", e Presidente do Grupo de Pessoas e Cultura do WTC capítulo Sul; Cris Alessi é Consultora de Inovação e Transformação Digital, Conselheira, Palestrante, Investidora-Anjo e Escritora; Fabricio Lopes é Head de Inovação Sistema FIEP e Conselheiro e articulador do ecossistema de inovação e ESG.