Você sabia que a mortadela, em breve, deve ganhar uma versão mais saudável? Isso mesmo! Com menos sal e menos gordura, não é ótimo isso para os amantes do embutido? Mas será que o sabor será o mesmo? Será que ela passou no teste do sabor? Dizem que quem experimentou gostou da novidade. Acharam que o sabor é mais suave, é verdade. Mas os estudos ainda não terminaram…
Muitos comem aqueles sanduiches recheados com a mortadela garantam que ficam preocupados mas acreditam que o sabor compensa esse abuso.
A nova mortadela, como ainda está em estudo, vai levar um tempo pra chegar no mercado.
Uma herança dos italianos e famosa no mercado municipal de São Paulo e um dos ingredientes mais populares usados para fazer um lanche
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Pesquisadores da Unicamp criam mortadela com menos sal e gordura
Produto foi aprovado por consumidores nos primeiros testes sensoriais.
Carnes gordurosas foram substituídas por partes mais nobres na composição.
Do G1 SP, com informações do Bom Dia Brasil
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a 93 km de São Paulo, desenvolveram em laboratório uma mortadela com menos sal e gordura. A iniciativa pretende deixar mais saudável um dos ingredientes mais populares usados em sanduíches pelos brasileiros.
Ao todo, 180 mil toneladas de mortadela são vendidas por ano no Brasil. É um alimento rico em proteínas, sais minerais, vitaminas do complexo B, mas também com um alto valor calórico e um componente perigoso: 30% de gordura.
Um sanduíche com 150 gramas de mortadela é farto, mas um excesso e tanto se considerar as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para consumo de gordura e sal. Só nele há o valor máximo de sal que uma pessoa deve ingerir durante o dia todo para não correr riscos de ter hipertensão e doenças cardiovasculares e renais.
Depois de desenvolver uma mortadela rica em fibras, pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp acabam de criar uma mortadela com 50% menos sal e gordura. Eles descartaram o toucinho e a gordura animal da lista de ingredientes e usaram carnes bovina e suína mais nobres. O maior desafio foi reduzir a concentração de sal sem interferir na textura, sabor e tempo de conservação da mortadela.
“Não existe um substituto ideal para o sal. Então na verdade o trabalho todo foi otimizar, encontrar a melhor formulação que atendesse a todos esses pré-requisitos”, aponta a pesquisadora Cláudia Horita.
A primeira impressão é de que a mortadela é mais saudável mesmo, sem toda aquela gordura aparente. A mortadela foi submetida a uma avaliação sensorial com 112 provadores que analisaram sabor, aroma e textura. O resultado foi satisfatório, mas os estudos ainda não terminaram.
“A próxima etapa do trabalho é aprimorar o sabor. Utilizamos uma condimentação suave para poder testar os efeitos dos sais”, avisa a pesquisadora de engenharia de alimentos.
“Na medida em que nós conseguirmos reduzir o teor de sal e o teor de gordura na mortadela, conseguiremos transferir esses achados para outros produtos, tornando-os mais saudáveis”, diz a pesquisadora de engenharia de alimentos da Unicamp Marise Pollonio.
A nova mortadela ainda vai levar um tempo para chegar ao mercado. Uma pesquisadora da faculdade de farmácia da Universidade de São Paulo (USP) também desenvolveu uma mortadela mais saudável. Ela é feita com carne de frango e leva fibra de laranja na composição.