O chef Celso Freire e o cozido servido aos sábados no Guega
Tudo mudou na Rua Voluntários da Pátria, nº 539. Sábado não é só dia de comer feijoada. Celso Freire resolveu colocar o cozido na roda. Aos sábados, e somente aos sábados, Freire – eleito cinco vezes o chef do ano pela Revista Veja – tem feito um cozido como ninguém! A novidade apareceu há apenas duas semanas no cardápio do Guega Ristorante – que traz receitas italianas servidas em travessas, à moda cantineira. O prato tem origem portuguesa, onde o cozido é preparado com carne de vaca, presunto, carne de porco salgada, salsicha, arroz, repolho picado, grão-de-bico, molho de tomate acompanhado de batatas cozidas. “O cozido do Guega é um cozido português bem mais rico. É um cozido curitibano. É o meu cozido”, afirma o chef.
O cozido do sábado leva banana-da-terra, milho verde, couve flor e muitos outros legumes
Com uma grande variedade de ingredientes, o prato é nutricionalmente completo sem ser gorduroso como a feijoada. O cozido do chef vem servido em duas travessas: Numa, peito de vaca, costelinha de porco defumada, linguiça portuguesa, mandioca, batata e batata salsa. Em outra, banana-da-terra, ovos cozidos, couve flor, repolho roxo, repolho branco, abobrinha, cenoura, brócolis, milho verde, alho-poró, nabo branco, chuchu, quiabo e cebola. Tudo isso acompanhado de arroz feito no próprio caldo, pirão, mostarda picante, vinagrete e pimenta da casa. O prato é bem servido e custa R$ 34,00 por pessoa. A música é outra atração à parte do Guega. Gostosa e de bom gosto. Um programa agradável assim como o atendimento.
Aberto no início de setembro de 2009, o Guega, que ocupa hoje o mesmo espaço do antigo Boulevard, tem proporcionado a Celso Freire cumprir um de seus objetivos com a mudança do restaurante: renovar a aproximação com sua clientela. Você pode encontrá-lo no salão conversando e trocando ideias com os clientes e amigos. “A nova logística do restaurante me permite isso. Buscar a opinião sobre os pratos. É ali na mesa que as coisas são ditas de forma clara e direta. Essa aproximação é ótima”, diz Freire, feliz da vida. O chef, no entanto, não largou a cozinha, como fazem alguns chefs renomados quando aparecem os holofotes. Ele vai cedo para a cozinha para o preparo dos pratos e só depois de tudo organizado vai para o salão.
Outra preocupação que Celso Freire tem com sua equipe é levá-la uma vez por mês para comer e conhecer outros restaurantes da cidade. Um cuidado especial que faz do Guega o sucesso que está tendo.
O nome do restaurante é um reconhecimento de Celso Freire à Valdívia Caseiro, a Guega, que na década de 1960 foi trabalhar como cozinheira na fazenda dos Freire em Colombo, na região metropolitana de Curitiba. “Ela tinha um astral incrível, uma mão abençoada. Tanto que o melhor momento familiar era na hora da comida. E, por isso, resolvi homenageá-la”, diz.
Peito de vaca, costelinha de porco e linguiça portuguesa são alguns dos ingredientes do cozido
Serviço
Guega Ristorante. Rua Voluntários da Pátria, 539, Centro. Almoço: de terça a sexta, das 12h às 14h30. Sábado, das 12h às 16h. Domingo, das 12h às 17h. Jantar: de terça a sábado, das 19h30 à meia-noite. Fone (41) 3023-8244. Capacidade para 110 pessoas. Aceita todos os cartões.
