MOSCOU, Rússia – O Brasil faz sua estreia neste domingo (17) na Copa do Mundo 2018, na Rússia, diante da Suíça. O jogo é às 15 horas, num domingo, ou seja, ocasião simplesmente perfeita para promover um churrasco. Portanto, tire a sua camisa amarela do armário, com o CBF inscrito no brasão mesmo, e torça à vontade.
Identificar o clássico manto canarinho com “coxinha”, ou qualquer posicionamento político, e mesmo com a entidade que rege o futebol nacional, é uma tremenda bobagem. A camisa amarela tem quase 70 anos de história, é aquela de cinco títulos mundiais e uma infinidade de craques, entre eles, o maior de todos: Pelé.
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A amarelinha é um patrimônio cultural, talvez o mais significativo do Brasil, que não pode virar símbolo de uma determinada situação, seja qual for. Há uma longa história envolvida. E por mais que ocorra algum tipo de identificação com fato, período, movimento político, no caso o de oposição à então presidente Dilma Rousseff, é algo menor.
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Nem mesmo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que dirige a seleção, serve para, usando um belo termo, empanar a camisa amarela. No peito está o símbolo da equipe brasileira que, apesar da CBF, envolvida em todo tipo de corrupção e barbaridade, é a mais vencedora do planeta.
Eu entendo que em alguns momentos é difícil separar as coisas, como quando um ídolo fala um monte de besteiras. E não se trata de alienação. Mas, sim, de entender e valorizar a importância e o contexto de cada coisa. Assim, não caia nessa discussão furada. A camisa amarela é muito maior que tudo isso.
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