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Cão com o guarda de fronteiras. Passar a mão no focinho do animal dá sorte. (Foto: Adriano Ribeiro, enviado especial/Gazeta do Povo)
Cão com o guarda de fronteiras. Passar a mão no focinho do animal dá sorte. (Foto: Adriano Ribeiro, enviado especial/Gazeta do Povo)| Foto:

DIRETO DE MOSCOU, Rússia – Em meio ao intenso vai e vem de pessoas em uma das estações de metrô mais movimentadas de Moscou, uma mãe levanta o carrinho de bebê do chão e faz um malabarismo para levar a pequena mão do seu filhinho até uma estátua.

O objeto digno de tanto esforço é um cão esculpido em bronze e a cena presenciada mostra que os russos levam superstição a sério. Acredita-se que passar a mão no focinho do animal traz sorte. Em meio a uma cidade com tantos monumentos históricos, a estátua do cãozinho é o xodó da população.

As duas estátuas do cão com o guarda de fronteira são as principais atrações da estação “Praça da Revolução”, uma das mais belas da capital russa. Ao todo, são 76 esculturas no local que retratam cidadãos da antiga União Soviética, como estudantes, marinheiros e camponeses.

Diz a lenda que um universitário da região esfregou as mãos no focinho desejando sorte em um exame para o qual não havia estudado e conseguiu uma excelente nota. A notícia se espalhou e o animal virou uma talismã moscovita.

Passar a mão no focinho do cão já entrou no cotidiano de quem passa pelo metrô. Uma ação “normal”. Tanto que ele ficou brilhante. Em época de Copa do Mundo, a escultura é ainda mais disputada e os torcedores estrangeiros fazem questão de tirar uma foto com a estátua. Todos esperançosos de que o animal trará boas energias às suas seleções no Mundial. Para a invicta Rússia, parece estar dando certo.

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