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Jonathan Campos/Gazeta do Povo, enviado especial à Rússia
Jonathan Campos/Gazeta do Povo, enviado especial à Rússia| Foto:

SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA – Filhos do Gaúcho da Copa, torcedor símbolo da seleção brasileira, morto em 2015, Frank e Gustavo Damasceno carregam a herança do pai na Rússia. Os dois irmãos estão seguindo o Brasil, no Mundial 2018, e também viraram atração nas arquibancadas.

Clóvis Damasceno, o torcedor bigodudo, era presença obrigatória nos jogos do Brasil, sempre de chapéu e acompanhado da taça Fifa. Até morrer de câncer, aos 60 anos. Mesmo sem o pai, Frank e Gustavo não tiveram dúvidas em levar adiante a marca.

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“A gente não consegue nem andar, tamanho esse legado que ficou do meu pai, essa magia de Copa do Mundo. As pessoas querem conversar com a gente, tirar uma foto. E tem essa torcida maravilhosa da Rússia. Vamos levando esse troféu, com muito esforço e jogando pra frente”, conta Frank, 39 anos, já em seu sétimo Mundial.

Ouça o relato de Frank

Apelidado de Gaúcho da Copa, por motivos óbvios, Clóvis Damasceno ganhou reconhecimento durante o Mundial de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, com o pentacampeonato. Mas já vinha frequentando o torneio desde 1994, nos Estados Unidos, quando a seleção levantou o tetra.

A última imagem, entretanto, marcou de forma triste. Após o 7 a 1 aplicado pela Alemanha, na Copa do Brasil, em 2014, o Gaúcho da Copa aparece chorando abraçado na taça no Mineirão. Ao lado, tentando consola-lo, está a neta e filha de Gustavo. Acabou sendo o último Mundial de Clóvis.

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Frank e Gustavo estão preparando um documentário sobre a empreitada na Rússia. “Vamos desenvolver um documentário para o futuro. Quem vai produzir deu as passagens, mas estamos usando o transporte gratuito, contando com o apoio da galera, que é só amor. Essa Copa está demais”, avalia Frank.

Engrossando a torcida verde-e-amarela, os filhos do Gaúcho da Copa exaltam os ensinamentos do pai: “Estamos continuando o ensinamento que ele deixou, de apoiar a seleção brasileira, essa mística que toma conta de uma nação, de um Mundial, que para uma guerra. Estamos seguindo essa magia”.

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