França tem geração credenciada a criar hegemonia. (Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo)| Foto:

DIRETO DE MOSCOU, RÚSSIA – O gol do título da França na Copa do Mundo 2018 – o quarto na vitória diante da Croácia na final deste domingo (15) – simboliza o perfil dos bicampeões mundiais. O lateral Lucas Hernández, de 22 anos, toca para Mbappé, de 19, balançar a rede e sacramentar o triunfo em Moscou.

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Campeã com o segundo time mais jovem do torneio (média de 26 anos), a França se candidata a protagonizar um período de hegemonia no futebol mundial. O título na Rússia é a primeira conquista de uma geração credenciada a repetir os passos da seleção francesa liderada por Zidane que, após vencer a Copa de 1998, ainda levou a Euro-2000, a Copa das Confederações, em 2001, e ficou com o vice no Mundial de 2006.

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O elenco atual ainda vai amadurecer. Dos 23 campeões, 14 não terão nem 30 anos na Copa do Catar, em 2022. Entre os titulares, somente dois devem deixar o grupo no próximo ciclo: o volante Matuidi e o atacante Giroud – ambos com 31 anos.

A base está moldada e alguns reservas como Dembele, do Barcelona (21 anos), e Tolisso, do Bayern de Munique (23), vão pedir passagem.

Além disso, o grande destaque da equipe, o atacante Mbappé, ainda terá 23 anos e tem tudo para chegar ao Catar consolidado de vez como um dos melhores jogadores do mundo.

“O progresso deles é enorme. Esses jogadores vão estar ainda mais fortes em um período de dois ou quatro anos, mas hoje já são competitivos. Estou muito orgulhoso deles. Com um espírito assim, tudo é possível, podemos escalar montanhas”, exaltou o técnico Didier Deschamps durante a campanha vitoriosa na Rússia.

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A escalada francesa rumo ao bicampeonato mundial contou algumas ‘avalanches’. Deschamps assumiu o time em julho de 2012. Dois anos mais tarde, viu a equipe ser eliminada na quartas de final da Copa pela futura campeã Alemanha.

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Na Euro-2016, o golpe mais duro: a perda da final do torneio diante da torcida e contra Portugal que atuou quase toda a decisão sem Cristiano Ronaldo.

O revés em casa virou um fantasma, mas abriu brecha para Deschamps renovar ainda mais a seleção. Só nove atletas que estiveram no torneio europeu foram convocados também para a Copa da Rússia.

O treinador também mudou a forma de jogar do time nos últimos dois anos. A França não faz questão de ficar com a bola (na final contra a Croácia, por exemplo, teve só 39% de posse). Apesar do vasto talento em campo, o futebol não é tão vistoso. Mas o time é pragmático e muito difícil de ser batido. Na Rússia, tudo se encaixou.

Os zagueiros Varane e Umtiti foram seguros e ainda marcaram gols decisivos na fase mata-mata. No meio, o incansável e discreto Kanté confirmou o status de um dos melhores marcadores do futebol mundial. Pogba voltou a jogar em alto nível após uma temporada irregular pelo Manchester United. No ataque, o decisivo Griezmann (autor de de quatro gols e duas assistências durante a Copa) e o garoto de ouro Mbappé, o adolescente que roubou os holofotes no Mundial.

São alguns dos destaques de uma seleção que fazem os torcedores franceses sonharem com uma nova sequência de conquistas.

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“Não é pouco duas finais em dois anos. Isso é excepcional. Estou muito contente com meus jogadores. Eles passaram muitas coisas difíceis. É mérito de todos”, destaca Deschamps.

Faixa de idade dos titulares da França na Copa 2018 (média de 26 anos)

– Abaixo dos 20 anos – Mbappé (19).

– Entre 20 e 25 anos – Pavard (22), Lucas Hernandez (22) e Umtiti (24). *Outros seis nesta faixa no banco

– Entre 25 e 30 anos – Varane (25), Pogba (25), Kante (27) e Griezmann (27). *Outros quatro nesta faixa no banco

– Acima dos 30 anos – Lloris (31), Giroud (31) e Matuidi (31). *Outros dois nesta faixa no banco

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