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Grupo feminista russo assume e celebra invasão tripla do campo na final da Copa

Jonathan Campos/Gazeta do Povo, enviado especial à Rússia (Foto: )

DIRETO DE MOSCOU, RÚSSIA – Até então com protestos isolados e abafados pela polícia, a Copa do Mundo 2018 acabou marcada por uma tripla invasão de campo em seu jogo mais importante, o triunfo da França sobre a Croácia (4 a 2), neste domingo (15), em Moscou. A ação foi reivindicada pelo grupo feminista russo Pussy Riot.

Já era jogado o segundo tempo quando três pessoas, de calça preta, camisa branca e gravata, como se fossem policiais — aparentemente, duas mulheres e um homem — ingressaram no campo de jogo. O trio só foi contido quando já estava próximo do círculo central e acabou arrastado para fora pelos seguranças.

Logo em seguida, o ato foi reivindicado pelo grupo feminista russo Pussy Riot, que é crítico ao presidente Vladimir Putin. Com origem no movimento punk rock, o grupo nasceu em 2011. De acordo com nota divulgada nas redes sociais pelo Pussy Riot, a invasão foi um protesto contra a ação da polícia na russa.

Ainda de acordo com o comunicado do grupo, ao longo do Mundial os policiais russos foram “gentis” e observaram as “regras de convivência”. Diferentemente, segundo o Pussy Riot, do que ocorreu normalmente em solo russo, quando policiais “perseguem prisioneiros políticos” e não “obedecem as regras”.

O grupo ainda fez exigências no comunicado, tais como a “liberdade de todos os presos políticos”. Entre eles, o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, que está preso há 60 dias e em greve de fome. Veja mais abaixo o comunicado publicado nas redes sociais.

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