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Lukaku, Hazard e De Bruyne: símbolos do sucesso da Bélgica na Copa 2018. (Foto: AFP)
Lukaku, Hazard e De Bruyne: símbolos do sucesso da Bélgica na Copa 2018. (Foto: AFP)| Foto:

DIRETO DE SÃO PETERSBURGO, RÚSSIA – Eden Hazard, Kevin De Bruyne e Romelu Lukaku. O capitão, o introvertido e o carismático. Com perfis bem diferentes, o trio de astros se complementa na seleção da Bélgica e alçou a equipe ao grupo dos ‘grandes’ do futebol mundial. Depois de eliminar o Brasil, os belgas desafiam outro favorito, a França, nesta terça-feira (10), às 15h, na semifinal da Copa do Mundo 2018.

O título mundial deixou de ser um sonho distante para os Diabos Vermelhos que reúnem nomes de peso. O elenco atual é avaliado em R$ 3,4 bilhões (o sexto mais valioso do Mundial). Praticamente metade dessa quantia (R$ 1,6 bilhão) está concentrada em Hazard, De Bruyne e Lukaku.

O capitão que veste a 10

Foto: AFP

Hazard foi o primeiro a ‘explodir’ na tão badalada geração belga. Com 21 anos, já havia sido eleito duas vezes o melhor jogador do Campeonato Francês, pelo Lille. Com 24, no Chelsea, conduziu o clube ao título da temporada 2014/15 e foi o craque do Campeonato Inglês, o mais valorizado do mundo.

O meia respira futebol desde o nascimento. E não é exagero. A mãe e o pai foram jogadores profissionais. A mãe, inclusive, jogou até os três meses de gravidez. Eden é o mais velho de quatro irmãos. Todos jogam bola. Thorgan, dois anos mais novo, também compõe o elenco da seleção no Mundial da Rússia.

Eden defende as cores do país já há dez anos (estreou ainda adolescente, com 17). Com o técnico Roberto Martinez, virou o capitão da equipe e não mostra intimidação para cobrar os companheiros. Após a vitória sobre o Panamá por 3 a 0, na estreia da Copa, reclamou que Lukaku havia se ‘escondido’ no primeiro tempo.

“Eden tem sido um grande capitão, um grande líder. Independentemente do placar, do adversário, do momento, ele sempre está pronto para ser decisivo. Você vê ele jogar e coloca um sorriso no rosto. O futebol que ele tem mostrado é do mais alto nível”, derrete-se o treinador belga.

“Não é que eu tenha sempre razão quando falo, mas quando penso alguma coisa, eu digo”, afirma o camisa 10, apontado como um dos principais candidatos a craque da Copa ao lado do francês Mbappé e do croata Modric.

O sorriso na camisa 9

Foto: Jonathan Campos, enviado especial/Gazeta do Povo.

A bronca de Hazard em Lukaku deu resultado no jogo contra o Panamá. O camisa 9 marcou duas vezes. Em todo o Mundial, totaliza quatro bolas na rede, além de participações importantes em outros lances decisivos, como no segundo gol diante do Brasil, em que arrancou desde a defesa e serviu De Bruyne.

O porte físico do atacante de 1,91m e 94kg chama atenção, é lógico, mas o sorriso é a característica mais marcante. Fã do futebol brasileiro, de feijoada e guaraná, Lukaku se encaixaria muito bem no time verde-amarelo. Aliás, em qualquer seleção do mundo.

Nos últimos três anos, ele marcou 59 gols em 108 jogos na Premier League, ou seja, ritmo pouco superior a um gol a cada dois jogos para o carismático centroavante que fala seis línguas, entre elas o português.

Mas motivos para chorar não faltaram para o atacante do Manchester United. O emocionante depoimento dele ao Players’ Tribune lembrando as dificuldades que passou na infância e juventude – quase sem comida em alguns momentos – correu o mundo inteiro (vale a pena conferir e escutar o relato completo aqui).

Passou a jogar pela família e colocou uma meta na cabeça: “ser o melhor jogador de futebol da história da Bélgica. Não apenas bom. Não apenas ótimo. O melhor”.

Uma marca importante ele já conquistou. É o maior artilheiro da história da seleção belga, com 40 gols.

O cerebral camisa 7

Vários dos gols de Lukaku saíram depois de passes de Kevin de Bruyne, o introvertido craque que, apesar dos 27 anos, ainda tem cara de adolescente e timidez de um novato. Em sua apresentação oficial no Manchester City, em 2015, ele avisou aos jornalistas. “Eu não trarei muita diversão a vocês. Eu não falo muito”.

Fala pouco, mas joga muito. É considerado o principal armador do futebol mundial atualmente. Nas duas últimas temporadas, foi o líder de assistências da Premier League (34 ao todo). Neste ano, foi o melhor jogador do City e liderou o time de Pep Guardiola na conquista do campeonato.

“Ele consegue encontrar aquele passe que nenhum outro consegue. O nível de execução dele é excepcional. Para nós é essencial ter um jogador como o De Bruyne”, elogia o técnico Roberto Martinez, ciente de que suas estrelas estão cada vez mais perto de fazer história e levar a Bélgica ao topo do futebol mundial pela primeira vez.

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