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Sento para escrever o último artigo do ano depois de ler algumas notícias que indicam que o próximo será difícil, aumentando ainda mais o clima de pessimismo com que fechamos 2015. Não há como negar que o cenário mostra que as oportunidades profissionais serão mais escassas no curto prazo. Se ainda é tempo de dar um conselho, eu diria a quem me questiona o que fazer para crescer num ano que não promete ser próspero: que se prepare para o final da crise. Anos recessivos podem trazer oportunidades para quem felizmente tem o seu emprego preservado. Em equipes tornadas menores devido a desligamentos inevitáveis, sobram tarefas que talvez não estariam a seu alcance num momento mais favorável ou que talvez você tenha que assumir porque simplesmente não há a quem passar. É a época também que algumas atividades realizadas por prestadores de serviço terceirizados passam a ser de responsabilidade de equipes internas para otimizar o orçamento. Sugiro controlar o ímpeto de reclamar do acúmulo de funções e da própria crise e aproveitar a chance de aprender e desenvolver novas habilidades. Recentemente, na organização onde presto serviço, um profissional de reconhecida competência falava sobre sua carreira a jovens estagiários num encontro mensal que organizamos para aproximar profissionais experientes daqueles ainda em fase de preparação para o mercado de trabalho. Num dado momento ele abordava o que acredita terem em comum as pessoas bem-sucedidas profissionalmente: a forma como encaram uma tarefa dada. Segundo o que ele tem observado, frequentemente os jovens que mais tarde se destacam em sua área de atuação profissional imprimem afinco e interesse naquilo que se propõem a fazer desde os primeiros passos de sua carreira. Entregam o melhor que foi possível produzir e conseguem perceber ganhos intangíveis em atividades que parecem não agregar nada a sua futura profissão. Seja você um estagiário ou profissional já estabelecido, a hora é de procurar espaços e ocupá-los e vale também uma reflexão e talvez uma proposição de mudança de atitude sobre como encaramos momentos de crise. Conselho dado, agora é confiar no seu  “taco” e “bola pra frente” que “depois da chuva vem a bonança”!

A autora atua na área de RH do Marins Bertoldi Advogados Associados.

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