Anne Frank cancelada porque "brancos são sempre opressores" e não, vítimas? A notícia estampada no título é estarrecedora, mas infelizmente, real. Quem trouxe a informação da nova vítima dos canceladores para a Gazeta o Povo foi o colunista Luciano Trigo
Nesta segunda (8), em seu artigo publicado na editoria Vozes, o colunista desabafa logo no primeiro parágrafo.
"Sim, a mais recente vítima da cultura da lacração e do cancelamento é Anne Frank, a adolescente judia que passou anos escondida em um porão para tentar escapar da perseguição nazista, durante a Segunda Guerra."
Luciano Trigo, em coluna publicada na Gazeta do Povo.
Na sequência, explica que na semana passada o Holocausto foi um dos trending topics do Twitter, porque ativistas que interpretam o mundo e todas as relações sociais apenas e exclusivamente pelo prisma da cor da pele, defenderam a tese de que Anne Frank e os judeus desfrutaram de "privilégio branco".
"A julgar pelo conteúdo das postagens, parece que o genocídio de 6 milhões de judeus no Holocausto incomoda não pelo sofrimento das vítimas, mas por derrubar uma premissa valiosa para os militantes que são capazes de cancelar Anne Frank: a de que pessoas brancas, sendo necessariamente opressoras, não podem ser vítimas de discriminação e intolerância", desabafa o colunista.
- Leia mais na coluna de Luciano Trigo: Anne Frank cancelada e outros sinais de que o mundo acabou
Anne Frank e outros cancelados recentes
O assunto trazido pelo colunista é tão estarrecedor e inquietante que decidimos ampliar o debate no programa Segunda Opinião, que acaba de estrear nova temporada (vai até o fim de outubro).
Este é um espaço para se discutir temas ligados à pauta conservadora. A chamada "cultura do cancelamento" é um deles, já que fere a dignidade da pessoa humana, algo caro aos conservadores, ainda que progressistas tentem roubar para si o monopólio do altruísmo e do olhar para "o outro".
O programa discute outros casos de cancelamento, como o da vereadora de Londrina conhecida por Jessicão, por ser alta, bem acima do peso e homossexual assumida. O apelido não a incomoda. Triste é a perseguição, difamação, ataques e ameaças que sofre por parte da comunidade LGBT, apenas por ser de direita.
Jessicão contou parte do cancelamento que vem sofrendo desde que assumiu posição política, em entrevista recente à jornalista Leda Nagle. E é lembrada também neste programa, junto com outros casos.
Há, inclusive, o depoimento pessoal da professora Paula Marisa, comentarista do Segunda Opinião, ela própria vítima de cancelamento por parte de autoridades públicas municipais de sua cidade natal.
Segunda Opinião em nova temporada
O programa Segunda Opinião reúne comentaristas de áreas diversas, cada um trazendo seu conhecimento e sua visão de mundo para ajudar na reflexão.
Neste segundo episódio da temporada estamos eu, jornalista Cristina Graeml, as professoras Bruna Torlay, de Ética, e Paula Marisa, especialista em supervisão escolar e orientação educacional, além da jornalista Karina Michelin, que mora na Itália, onde trabalha como correspondente internacional independente.
Assista clicando no play da imagem que ilustra a página. Depois deixe sua reação ao conteúdo, comente e compartilhe o programa. Ajude a divulgar o programa Segunda Opinião a Gazeta do Povo.
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