A CPI do aborto foi aprovada na 85ª Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), realizada de forma virtual nesta quarta (27). A abertura da investigação, pedida pela deputada estadual Ana Campagnolo, com apoio de mais 22 dos 40 deputados, deve ficar para depois das eleições.
>> >> Faça parte do canal de Vida e Cidadania no Telegram
Nesta entrevista, em vídeo, a deputada conta que a decisão de abrir a CPI do aborto apenas após as eleições foi dos líderes dos partidos. Seria uma precaução a fim de não dar margem para que os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito fossem acusados de desequilibrar a disputa, em função de virem a ter mais visibilidade na imprensa em período eleitoral.
Conforme descrito na ata que resumiu as aprovações de leis, requerimentos e pedidos do dia na sessão da ALESC, a CPI do aborto vai "apurar acontecimento de relevante interesse para a vida pública e ordem constitucional, legal e social do Estado".
Que interesse seria esse, uma vez que não há mais salvação para o bebê gerado por uma criança de 11 anos e que acabou sendo morto na 30ª semana de gestação, quando já tinha provavelmente todos os órgãos formados, cerca de 1 quilo de peso e 30 centímetros de comprimento?
Motivos para abertura da CPI do aborto
Nesta conversa, além de explicar o passo a passo até a instalção da CPI do aborto propriamente dita, a deputada esclarece por que ela tornou-se imprescindível, mesmo já havendo outras investigações sendo feitas para apurar fatos específicos relacionados ao caso.
Muitas informações foram distorcidas ou omitidas pelos veículos de imprensa que divulgaram a história, a partir de informações vazadas de um processo que corria em segredo de Justiça.
A publicação de meias verdades induziu a opinião pública a tomar partido apenas da menina e pouco se importasse com o bebê, que já estava formado e com chances reais de sobrevivência caso fosse feito um parto prematuro em vez de um aborto.
Na verdade, a menina e o bebê que ela gerou são vítimas, mas os "erros" intencionais de divulgação deram a entender que a criança tinha supostamente sido estuprada por um adulto, gerando uma comoção nacional pró-aborto.
Negligência e erotização precoce
A notícia de que a menina namorava o filho do padastro, que morava na mesma casa, um menino de 13 anos, só veio à tona depois que o aborto da criança gerada por eles já tinha sido consumado.
Não se sabe se o pai do menino e a mãe da menina (avós do bebê assassinado) sabiam ou consentiam o namoro, mas fato é que a situação só pode ser considerada estupro por causa da idade das crianças.
A lei brasileira considera estupro de vulnerável o sexo com menores de 14 anos. Neste caso, os dois eram. Seriam, então, o pai e a mãe do bebê, ambos vítimas de estupro? Um estuprou o outro? Até onde se sabe, não houve violência, a não ser contra o filho desta relação.
Segundo a deputada Ana Campagnolo o bebê, provavelmente, recebeu uma injeção letal e, depois, foi arrancado aos pedaços, já sem vida, do útero da mãe.
"Isso sim é uma violência contra a menina, que pariu um cadáver", disse a deputada na tribuna da ALESC, no dia em que apresentou o pedido de criação da CPI do aborto. A fala dela, com a explicação de como são feitos abortos em bebês com mais de 20 semanas de gestação, pode ser conferida aqui.
Há detalhes ainda mais sórdidos nesse caso, como o fato de o aborto ter sido praticado sem autorização judicial, por mera pressão da sociedade e uma frágil "recomendação" de uma promotora do Ministério Público Federal, que sequer tinha relação com o caso e, agora, é também investigada.
Fato é que, se a vida daquele bebê inocente não pode mais ser salva, a elucidação deste caso tem potencial para trazer luz a um debate que vem sendo travado de forma ideológica e sempre forçada, com informações manipuladas.
Este é um dos serviços que a CPI do aborto da ALESC pretende prestar à sociedade. É sempre bom lembrar que há uma ação para ser julgada no STF, a pedido do Psol, pedindo a legalização do aborto no Brasil. E que as feministas abortistas recusam-se a falar em "dois corpos", citam apenas "meu corpo, minhas regras" quando tocam no assunto.
Para saber mais detalhes das investigações que os deputados catarinenses pretendem fazer assista à entrevista com a deputada Ana Campagnolo, clicando no play da imagem que ilustra esta página.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS