Deltan Dallagnol foi carrasco de corruptos quando atuava como procurador da República, no Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, e coordenou a força-tarefa da Lava Jato. Já nas primeiras semanas em Brasília mostra que a atuação como deputado federal não será diferente.
Durante anos a equipe de procuradores do MPF, junto com outra força-tarefa, da polícia federal, investigou, levantou provas e denunciou centenas de políticos, servidores públicos, doleiros e empresários envolvidos em desvio de dinheiro do contribuinte nos governos Lula e Dilma.
Nunca é demais lembrar que o trabalho, hercúleo, resultou em uma faxina inédita na República dos laranjas, cupinxas e apaniguados. Em vídeo que ainda circula na internet, um dos ministros do STF (à época, ainda empenhado em fazer Justiça), traz a lista dos feitos da Lava Jato.
Foram, segundo o levantamento do ministro Luís Roberto Barroso, 179 ações penais; 553 pessoas denunciadas; 174 condenações em 1ª instância (confirmadas em 2ª instância); 209 acordos de colaboração celebrados, 17 acordos de leniência, fora os bilhões de reais devolvidos aos cofres públicos e outras dezenas de bilhões identificadas e ainda por serem recuperadas.
Lava Jato deu frutos
Embora todo o trabalho da força-tarefa da Lava Jato tenha sido desmontado depois por um STF completamente aparelhado durante os governos petistas, que aceitou provas ilegais obtidas por um hacker (e jamais periciadas) para anular processos e liberar bandidos da cadeia, a experiência do combate ostensivo à corrupção deu frutos.
E aqui não me refiro apenas à eleição do ex-juiz federal Sérgio Moro para o Senado ou de Deltan Dallagnol para uma vaga na Câmara dos Deputados, além de outros procuradores de justiça e policiais eleitos deputados estaduais. Falo do que a Lava Jato provocou no brasileiro.
Milhões entenderam a necessidade de acompanhar a política mais de perto e também de eleger representantes comprometidos com o combate à corrupção e com a aprovação de mudanças no Código Penal e no sistema Judiciário para barrar a impunidade.
Os eleitores, esclarecidos e informados, agora pressionam para que deputados e senadores eleitos com essas bandeiras entrem em ação ao primeiro sinal de irregularidades no governo.
Deltan Dallagnol como deputado federal
Deltan Dallagnol começou o mandato como deputado federal no dia 1 de fevereiro disposto a disparar "uma flechada por dia no governo", como ele mesmo diz na entrevista que você pode conferir clicando no play da imagem no topo da página. E assim tem feito.
Em sua coluna, publicada aqui na Gazeta do Povo na última sexta (10), sob o título "Depois de apenas dois dias já anunciaram pedido para me cassar", expôs uma lista de medidas que tomou e que já incomodaram o sistema. Aliados de Lula agora ameaçam pedir cassação de seu mandato.
Assista à entrevista para saber por que. Saiba também como Deltan Dallagnol está mobilizando órgãos públicos para investigar Daniela do Waguinho, a ministra ligada a milicianos.
E como tenta acelerar o trânsito em julgado de Waldez Góes, um dos ministros de Lula. Waldez Góes já foi condenado à prisão em todas as instâncias, além de devolver 6 milhões de reais desviados dos cofres públicos. Só circula livre, leve e solto por Brasília e assumiu cargo na equipe de Lula graças a um habeas corpus concedido de maneira monocrática, que pode cair a qualquer momento.
Saiba também o que Deltan Dallagnol fez para que se investigue a compra de móveis de luxo caríssimos, sem licitação, por Lula e Janja. As ações citadas são apenas três entre várias já protocoladas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria Geral da União (CGU) e ao próprio STF.
Os corruptos podem ter voltado à cena do crime, mas os investigadores estão na cola. E têm o apoio de milhões de brasileiros honestos que jamais aceitarão naturalizar a vida numa cleptocracia.
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