Desnutrição dos Yanomamis é assunto aqui na coluna pela segunda vez em menos de uma semana, porque a militância lulista e a esquerda brasileira seguem disseminando informações parciais e descontextualizadas para induzir a opinião pública a erro.
Não se pode reduzir um problema complexo e antigo desses a mera disputa política e ideológica. Na última sexta (27) publiquei, aqui mesmo neste espaço, uma entrevista com o enfermeiro de saúde indígena, Khylvio Alves Valões. Caso não tenha assistido, recomendo que veja aqui.
Funcionário da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde desde a sua criação, em 2010, Valões explica na entrevista que a desnutrição dos Yanomamis é histórica e a explicação está, basicamente, em questões culturais e criminais que nenhum governo conseguiu enfrentar nos últimos dez anos.
Um dia antes dessa entrevista veio à tona outro relato de alguém ligado aos yanomamis, trazendo informações diferentes daquelas que os integrantes do atual governo e a mídia lulista vêm divulgando.
Deputado indígena venezuelano expõe desnutrição dos yanomamis
Diante das notícias espalhadas no Brasil acerca de desnutrição dos Yanomamis, o deputado indígena venezuelano, Romel Guzamana, divulgou em seu Twitter que os índios desnutridos em território brasileiro são da Venezuela.
"Denuncio la grave desnutrición de nuestros hermanos indigenas #Yanomamis del Edo #Bolivar. Cruzaron a Brasil en busca de comida y se encontraron aislados de la sociedad soberana, otra violación a los DDHH Indígenas por el régimen de Maduro", disse o deputado em seu Twitter na última quinta (26).
Esta semana consegui trocar mensagens com o deputado e pedi um relato em áudio sobre os motivos da imigração de indígenas venezuelanos para o Brasil. Trago a resposta no vídeo publicado hoje, que você pode assistir clicando no play da imagem no topo da página.
Antecipo que, assim como o enfermeiro que ouvi na semana passada, o deputado menciona a questão do garimpo ilegal como um dos motivos da crise alimentar e da desnutrição dos Yanomamis. Mas há muito mais por trás do que a militânica lulista vem espalhando. Vale a pena conhecer para não se deixar usar como massa de manobra.
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