Reescrever a história é prática comunista para tentar impor às novas gerações uma realidade imaginária, amenizando ou apagando "erros" do passado ou distorcendo fatos verídicos de forma a esconder o que realmente aconteceu.
É assim que se tenta transformar bandidos em mocinhos e vice-versa. Acontecia com frequência na antiga União Soviética. Em Cuba, virou prática recorrente depois da revolução de 1959, em que Fidel Castro assumiu o poder.
O assassino, misógino e homofóbico Che Guevara talvez seja o maior ícone desta prática de reescrever a história. Jovens de toda a América Latina acham que ele era um aventureiro "do bem", um heroi empático, preocupado com os fracos e oprimidos. Pura história distrocida.
No Brasil, durante a campanha presidencial de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu que determinadas verdades fossem ditas, porque poderiam provocar "desordem informacional". Foi o eufemismo encontrado para dizer que eleitor nenhum deveria ser lembrado do passado criminoso de um dos candidatos.
Governo Lula tenta reescrever a história
Neste início de 2023, a equipe de Lula já mostra um apreço pela prática de apagar ou reescrever a história. O primeiro sinal disso foi a publicação em sites oficiais da fake news de que o impeachment de Dilma Rousseff foi golpe.
No último fim de semana, com a troca inesperada no comando do Exército, um dos primeiros anúncios do novo comandante foi o de que o Exército não mais emitirá nota oficial relembrando o ocorrido em 31 de março de 1964, como costumava fazer.
Será que o generalato pró-Lula foi cooptado para forçar também as Forças Armadas a reescrever a história? Acaso não houve movimentação do Exército para atender ao clamor do povo e da imprensa em 1964, contra a ameça do comunismo?
Mesmo que o regime militar tenha cometido atrocidades contra guerrilheiros e opositores nos anos seguintes, fingir que o 31 de março não existiu é correto? Como disse o filósofo e político irlandês, Edmund Burke, um dos maiores críticos da Revolução Francesa, "aqueles que não conhecem a história estão fadados a repeti-la".
Segunda Opinião
O programa Segunda Opinião desta segunda (23) discute a velha estratégia comunista de reescrever a história a seu bel prazer, os interesses por trás da deturpação de fatos e as consequências disso para a população.
Acompanhe o debate clicando no play da imagem que ilusta a página. Nesta edição estamos eu, Cristina Graeml; o antropólogo Flávio Gordon, também colunista da Gazeta do Povo; a professora e especialista em Educação, Paula Marisa; e a jornalista e correspondente internacional independente, Karina Michelin.
Depois de assistir, deixe sua reação a este contéudo e um comentário para contribuir com a reflexão. Há como impedir a doutrinação dos jovens e a perda de memória coletiva acerca dos fatos, diante das tentativas incessantes de apagar ou reescrever a história?
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