Cristina Graeml entrevista o jornalista e escritor Guilherme Fiúza, colunista da Gazeta do Povo, sobre o lançamento do novo projeto, exclusivo para assinantes do jornal: uma produção literária em formato inovador, para ser ouvida, em vez de lida.
Revolução S/A é uma história de ficção, inspirada na ilusão política de uma jovem capturada pelas ideologias progressistas. Segundo Fiuza, a obra se debruça, especialmente, na questão das utopias, dos ideais e das “supostas éticas”.
“Como sempre acontece, esses grandes totalitarismos nascem de uma promessa de felicidade”, explica. “A gente vive uma espécie de febre, que eu chamo de falsas éticas. São etiquetas, quase que bijuterias...”.
Guilherme Fiuza é o escritor e também o narrador da história, disponibilizada em formato de audiobook, em 18 capítulos. Neste romance sobre a vida política no século 21, Fiuza levanta o véu das ideologias para exibir os personagens trágicos e cômicos que circulam no mercado da bondade.
“Essas formas de dominação mais contemporâneas, que são muito bem envernizadas em suposta bondade, elas são violentas”, comenta. “Hoje em dia, quando tem muita promessa, muito aceno, muito outdoor sobre alguma coisa boa, dificilmente ela será boa”.
Na entrevista, ele também fala sobre o atual momento político brasileiro. “Eu acho que é um período altamente reacionário que estamos vivendo e o maior problema é que o reacionário está travestido de moderno, de progressista”, afirma. “A pretexto de ser aquele que liberta, você restringe”.
Assista à entrevista clicando no play da imagem que ilustra esta página. Depois deixe sua reação a este conteúdo e um comentário para contribuir com o debate.