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Imprensa sob censura era algo que eu jamais imaginei ver nem viver. Já se vão 32 anos de prática do Jornalismo e diante do que aconteceu nas últimas semanas acabei entrando num círculo vicioso de temas envolvendo liberdade de imprensa e de expressão. O momento exige que sejamos monotemáticos.

Foram muitos os atos de censura nos últimos dias. Conforme se aproxima a eleição, a pedido de um dos candidatos que disputam o cargo de presidente, veículos de imprensa, jornalistas e comunicadores em geral estão sendo impedidos de falar e uma produtora de filmes, impedida de lançar um documentário.

Estamos falando de censura prévia. Nem no Brasil do regime militar se viu isso. A pedido do PT o TSE proibiu a produtora Brasil Paralelo de lançar o documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, deixando no ar uma dúvida muito maior.

Por que alguém que pretende ser presidente da República tentaria esconder da população uma investigação jornalística acerca de uma tentativa de homicído?

Talvez os advogados da campanha de Lula imaginem que Bolsonaro, a vítima da tentativa de homicídio em 2018, pudesse se beneficiar da exposição. Nesse caso, bastaria explorar o tema em sua própria campanha e solidarizar-se com um adversário que tentaram tirar da arena política, não?

Voltando ao tema da censura à imprensa, há duas propostas completamente antagônicas sendo apresentadas pelas equipes de campanha: uma pró-democracia, outra baseada na força, na intimidação, na censura.

Imprensa sob censura

No vídeo publicado nesta coluna, que você pode acessar clicando no play da imagem que ilustra a página, relembro como chegamos ao atual estado de censura e ataques repetitivos à liberdade de imprensa e de expressão. Como se implantou a tirania da toga no Brasil, para favorecer políticos de um partido envolvido em corrupção até o pescoço.

Relembro a censura à Revista Crusoé, em 2019; as perseguições ao jornalista Allan dos Santos, que forçaram seu exílio no exterior, bem como o fechamento de seu jornal e canal de YouTube, o Terça Livre, junto com o bloqueio de todas as suas redes sociais, em 2020.

Lembro também das perseguições e prisões dos jornalistas Oswaldo Eustáquio e Wellignton Macedo, em 2020 e 2021. E dos atuais ataques à liberdade de imprensa e de expressão da Brasil Paralelo, do jornal Gazeta do Povo e da rádio e TV Jovem Pan.

Não deixe de conhecer os fatos que envolvem todos esses episódios de censura. Busque saber a pedido de quem tais fatos aconteceram e reflita. Qual seria o interesse por parte de um dos candidatos em manter a população refém apenas do noticiário da imprensa "amiga"?

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