Lula, pró-aborto, tenta confundir o debate sobre saúde pública da mulher e menospreza a vida intra-uterina. Quando diz que é direito da mulher decidir se quer ou não ter filhos, tem razão, desde que a concepção ainda não tenha ocorrido. Há formas de prevenir gravidez, afinal.
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Nesta pré-campanha eleitoral de 2022 Lula está sendo mais autêntico do que nunca. Isso ficou claro na palestra recente para militantes de esquerda, promovida pela Fundação Perseu Abramo, em São Paulo, quando externou, entre outras coisas, ser favorável à legalização do aborto.
O ex-presidente defendeu o assassinato de bebês no ventre das mães, a título de salvar mulheres pobres de colocar em risco a própria saúde tentando fazer aborto em casa. O argumento apresentado por Lula está absolutamente errado. O que falta é orientação e acolhimento, para que essas mulheres não cheguem ao extremo de querer tirar a vida de um filho.
Caso ainda tenha estômago para rever a fala de Lula pró-aborto sugiro que clique no play da imagem no topo da página para assistir à versão deste artigo em vídeo. Ali reproduzo o trecho em que ele mostra total desprezo por vidas humanas ainda em formação e, para completar, debocha dos valores conservadores.
Não bastasse isso, Lula ainda tenta aumentar a polarização, criada por ele próprio no início de seu primeiro governo. Lembram de quando o ex-presidente tentava colocar analfabetos contra estudados, os que não leem contra os que leem?
Costumeiramente, falava também que os brasileiros que voam de avião não gostam de ver pessoas mais humildes comprando passagens aéreas, dando mais uma ideia de polos opostos. Colocava pobres contra ricos, como se ganhar dinheiro honestamente fosse crime.
Agora foi a vez de opor mulheres simples, que estariam usando agulhas de crochê para tentar matar seus bebês no útero, às ricas “que vão para a Europa fazer aborto”.
Lula pró-aborto e a questão de saúde pública
Segundo Lula, aborto é uma questão de saúde pública. Isso é pura tentativa de provocar confusão para angariar adeptos para a causa. Questão de saúde pública é trabalhar na prevenção, na conscientização, coisa que, aliás, vem sendo feita pelo atual governo desde o primeiro dia.
A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que recentemente deixou o ministério para concorrer nas eleições deste ano, foi sempre muito enfática em sua campanha "adolescência primeiro, sexo depois". É uma política de conscientização.
Damares foi altamente criticada, virou motivo de deboche, como se estivesse pregando o celibato e para toda a população. Isso foi mera deturpação do discurso, quando havia a necessidade (sempre haverá) de se discutir a questão com adolescentes de forma honesta, explicando que cada fase da vida tem seu propósito no desenvolvimento do ser humano.
Adolescência primeiro, gravidez depois
A adolescência precisa mesmo vir primeiro. É quando o ser humano está desenvolvendo a sua personalidade para, depois, entrar no mundo adulto, onde o sexo pode resultar na concepção de filhos. Lula não quer falar de prevenção, pelo contrário.
A esquerda, da qual Lula é o representante maior, costuma promover o discurso da libertinagem. É comum ver políticos do PT e de partidos aliados, pregando contra a família e o casamento, enaltecendo filmes e músicas que promovem a erotização infantil e a sexualização dos pré-adolescentes.
Até a pedofilia vem sendo normalizada por gente que trata o pedófilo como alguém doente e não um criminoso, conforme prevê a lei brasileira. Com tanto estímulo à libertinagem, à erotização de crianças e de pré-adolescentes, depois fingem que é uma questão de saúde pública quando meninas ou mesmo mulheres engravidam.
Saúde pública é prevenção. É o que o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos vem fazendo, ao propagar a ideia de que os pais devem conversar com seus filhos. Cabe a eles passar valores e orientações sobre como tratar a questão sexual. A escola tem seu papel, mas não estimulando o sexo precocemente e sim, esclarecendo sobre as fases da vida e a normal evolução de cada uma delas.
Valores conservadores
A sociedade, obviamente, reagiu contra a fala de Lula pró-aborto, porque a população brasileira é eminentemente conservadora nos costumes, conforme já foi provado em pesquisas: defende a família, a instituição do casamento e a vida desde a concepção.
O Brasil está rodeado de países que já aprovaram o aborto. O caso mais recente e radical foi o da Colômbia, que liberou a eliminação de vidas com seis meses de gestação, ignorando que fora da barriga da mãe, jmuitos já sobreviver nesta fase da gestação.
Lula mencionou isso como se o fato de o Brasil restringir a autorização para aborto apenas a casos de estupro, risco de vida para a mãe ou de bebês anencéfalos fosse sinal de atraso. Há anos grupos de esquerda tentam forçar a discussão da legalização do aborto, inclusive no Judiciário, dizendo que o mundo mudou.
Arrisco dizer que, por aqui, estamos margeando essa questão, porque não há o real desejo de se discutir isso. A sociedade brasileira é, em geral, a favor da vida desde a concepção. É importante que se discuta isso para esclarecer sobre prevenção e não, avançar sobre vidas humanas indefesas.
Dois corpos, “minhas regras”
Outro tema que, desonestamente, não é trazido para o debate quando se fala em legalizar a interrupção de uma gestação fora das situações já previstas em lei, obviamente, não foi trazido também nessa fala do ex-presidente Lula. Aborto não é caso de direito da mulher sobre seu próprio corpo. É preciso analisar que há duas vidas em questão, uma delas correndo o risco de ser eliminada pela própria mãe.
O discurso feminista, predominante na esquerda, fala em “meu corpo, minhas regras”, referindo-se apenas ao corpo da mãe. E o bebê? Quem fala por ele? Quem vai defender essa vida, ameaçada pela própria genitora?
Além disso, os representantes e militantes dessa ala ideológica, de um modo geral, ainda têm a mania de ridicularizar os defensores da vida ou associar a defesa à religião. O importante nessa discussão é trazer o esclarecimento e a reflexão de que há duas vidas em questão: a da mãe e do bebê.
A mulher precisa, sim, de apoio. A gestante, que eventualmente está em desespero, porque não planejou a gravidez, não consegue criar um filho sozinha, muitas vezes não tem apoio do pai da criança, não tem condições financeiras de ter aquele filho, precisa de acolhimento e orientação, não de estímulo para se livrar do filho.
Às vezes o que falta é apenas informação. Muitas pessoas não sabem que há distribuição gratuita de pílulas anticoncepcionais e camisinhas nos postos de saúde. Mulheres, especialmente as mais jovens, precisam ser orientadas nesse sentido em vez de serem eternamente envolvidas no discurso de “meu corpo, minhas regras”.
Adoção após o parto
Quanto à gestante, é importante que saiba que, pela lei brasileira, não é crime entregar um filho recém-nascido em adoção, se esse for realmente o desejo. Isso pode ser feito já na maternidade. Há milhares de casais querendo adotar crianças e priorizando, inclusive, a adoção de bebês recém-nascidos.
Pode ser que, com apoio, ao longo da gestação ou após o nascimento da criança, essa mãe mude de ideia. E terá ajuda, se necessário. As equipes de assistência social das prefeituras e dos governos de estado, ou mesmo do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos têm orçamento para acolher, orientar e até ajudar financeiramente em necessidade extremas da mãe e do bebê.
Não vamos evoluir como sociedade enquanto estiver na cena política alguém que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro e querendo normalizar mais um crime. Apesar de ter sido “descondenado” por manobras do Judiciário, Lula não é inocente. Apenas ganhou no seu currículo mais uma atividade criminosa: defesa do assassinato de bebês na barriga das próprias mães.
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