Manifestação de 7 de setembro ameaçada de criminalização?

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Manifestação de 7 de Setembro, a maior data nacional, especialmente no ano em que se celebra o bicentenário da Independência do Brasil, deveria ser motivo de união, de orgulho, de festa.

Infelizmente, por motivos políticos, há gente espalhando mentiras sobre as intenções dos manifestantes, como se não fossem famílias, gente pacífica, patriotas com profundo amor pelo Brasil que se organizam para esse desfile cívico espontâneo e democrático.

Mais uma vez, o objetivo dos difamadores de manifestação alheia é inibir a população de sair às ruas para exigir respeito às liberdades garantidas pela Constituição, como vêm sendo propagado por movimentos conservadores.

É a repetição das falácias alardeadas até por jornalistas da grande imprensa no ano passado, exatamente às vésperas de outra grande manifestação de 7 de Setembro, também pedindo respeito à Constituição e às nossas liberdades.

Quem não lembra da locutora de rádio espalhando terror ao dizer que bolsonaristas sairiam às ruas armados e atirariam em quem não estivesse de verde e amarelo? Obviamente que nada disso aconteceu, mas a difamadora não foi capaz de pedir desculpas aos milhões de brasieliros taxados por ela de extremistas.

Ficou claro que a tentativa era associar todos que fossem se manifestar usando as cores da bandeira a criminosos raivosos e inconsequentes, por mera implicancia com o presidente que essa massa de gente patriota apoia.

Agora é um veículo da grande imprensa que estampa em seu editorial um alerta aos que querem se manifestar: "a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito está em vigor e confere caráter criminoso a atos que visam a perturbar as eleições." Mas quem falou em perturbar as eleições?

Mesmo que parte dos cartazes, faixas e discursos mencionem as eleições, o que se pede é transparência na contagem de votos. Desde quando isso fere Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito?

Manifestação de 7 de Setembro por liberdade

Qualquer um que esteja atento às redes sociais sabe que as pessoas estão se organizando para ir para a rua de forma espontânea, com a família e os amigos, para exigir, de novo, respeito às liberdades garantidas na Constituição de 88 que vem sendo, muitas vezes, ignoradas por tiranos com ou sem toga.

Pode haver menções ao pleito eleitoral que se aproxima. É natural que haja. A provocação de tentarem desmerecer ou até ameaçar quem for à manifestação de 7 de setembro é tão descabida que abre o debate deste episódio do programa Segunda Opinião.

O programa também aborda o desprezo às celebrações do bicentenário da Independência do Brasil por parte da elite financeira, da classe artística e dos apoiadores de partidos de esquerda, que não admitem apontar acertos no atual governo e fingem não ver as celebrações que vêm sendo preparadas.

Atá a ideia de trazer o coração de Dom Pedro I, de Portugal para o Brasil, para as comemorações do bicentenário está sendo apontada por anti-bolsonaristas radicais como "projeto mórbido" ou "necropolítica", palavras usadas por uma historiadora em entrevista a um desses sites que exalam rancor o tempo todo.

Vamos refletir sobre a manifestação de 7 de Setembro? É legítimo os brasileiros irem para as ruas na data mais importante para a história do país? O que dizer de quem espalha fake news sobre o evento atribuindo até crimes a quem ainda nem saiu de casa para celebrar a data?

Assista ao programa clicando no play da imagem que ilustra a página. Depois deixe seu comentário para contribuir para o debate.

Cristina Graeml

Formada em Comunicação Social – Jornalismo (UFPR/1992). Trabalhou como repórter de TV por 26 anos. Está na Gazeta do Povo desde julho de 2018, onde já atuou como produtora e apresentadora de minidocumentários em vídeo e programas de análise política (Última Análise, Conversa Com Fiúza, Passando a Régua com Rodrigo Constantino e Hora do Strike). Estreou como colunista em fevereiro de 2020, publicando textos e vídeos na coluna Falando Abertamente, editoria Vozes. Às segundas-feiras comanda o programa Segunda Opinião, apresentado ao vivo, às 20h, envolvendo outros comentaristas em debates sobre temas relacionados às Convicções da Gazeta do Povo.**Os textos da colunista não representam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.

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