Misoginia é a nova acusação na disputa eleitoral. Depois que a CPI da Covid foi desmoralizada em sua tentativa de imputar o crime de genocídio ao presidente da República, agora a acusação de que ele tem aversão a mulheres é que faz parte da narrativa política de seus adversários.
O termo surgiu com força no primeiro debate televisivo entre os candidatos ao Palácio do Planalto, o debate na Band realizado neste domingo (28), depois que o presidente criticou duramente a jornalista Vera Magalhães, uma das convidadas a fazer perguntas aos candidatos.
A apresentadora do programa Roda Viva, da Tv Cultura de São Paulo, fez uma pergunta capciosa sobre vacinas, induzindo o telespectador a achar que a baixa adesão ao calendário normal de vacinação tem relação com uma suposta campanha do presidente contra a vacinação de Covid.
A vontade de pregar no presidente a alcunha de misógino foi tamanha que os mesmos veículos de imprensa que se uniram para realizar o debate parecem ter combinado as manchetes do jornais.
Em sua coluna publicada aqui na Gazeta do Povo nesta segunda, Rodrigo Constantino, lembrou que "O consórcio da imprensa destacou em suas manchetes nesta segunda: "Bolsonaro insulta mulher em debate" (Folha); "Bolsonaro vira alvo por ataques a mulheres" (Estadão); "Bolsonaro ataca mulheres" (Globo)."
Isso porque Bolsonaro rebateu à afirmação de Vera Magalhaães travestida de pergunta, fazendo também ele uma afirmação: "Vera, você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse o presidente.
Por mais inapropriado que tenha sido o comentário, não foi um ataque à mulher que fez a pergunta e muito menos inspirado numa suposta repulsa de Bolsonaro ao sexo feminino. Foi uma clara crítica à forma como a jornalista tentou induzir o telespectador a interpretar algo que é mera retórica da mídia militante.
Mas estava armada a primeira grande narrativa da campanha de 2022, algo até repetitivo se lembrarmos da campanha "Ele Não" de 2018. Será que desta vez cola?
Misoginia, hipocrisia e vitimismo
Pela gritaria nas redes sociais a polarização está mais uma vez estabelecida. Esquerdistas de todas as matizes afirmam que a atitude do presidente pode, sim, ser classificada como misoginia. Os apoiadores do presidente e até os isentões recém-chegados ao debate eleitoral juram que não.
Fato é que misoginia, hipocrisia e vitmismo, três componentes bastantes conhecidos do feminismo radical, parecem ter chegado com força ao debate eleitoral. E são estes os temas do programa Segunda Opinião desta segunda (29), em que o Brasil passou o dia discutindo as performances dos candidatos no debate da Band.
Participam deste debate comigo, a advogada Fabiana Barroso, e as professoras Paula Marisa e Bruna Torlay. Bruna está se despedindo do programa neste episódio, já que a partir de setembro terá outros compromissos profissionais. Para saber quem será o substituto clique no play da imagem no topo da página e assista até o fim!
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