Prefeita de Bauru, município mais populoso do centro-oeste paulista, com aproximadamente 400 mil habitantes, Suéllen Rosim está começando a sexta semana de mandato sob aplausos da população, mas ataques do governador João Doria.
A jovem jornalista e cantora gospel, recém-entrada para a política, ousou baixar um decreto municipal declarando o comércio e o setor de serviços como essenciais para que pudessem funcionar mesmo diante de mais um lockdown implantado pelo governo de São Paulo.
Em entrevista coletiva na última segunda-feira (1) o governador João Doria chamou a prefeita de “negacionista” e a acusou de ser “vassala” do presidente Jair Bolsonaro.
Suéllen rebateu imediatamente dizendo que se negasse a existência da doença não estaria lutando por mais leitos de UTI para a cidade e divulgando medidas sanitárias para a população. Mas alegou que não seria negacionista do direito ao trabalho e precisava governar focando nas necessidades locais.
“Para um pai de família, ter o seu salão de beleza aberto passa a ser um serviço essencial. O padeiro acha que abrir a padaria é essencial”.
Suéllen Rosim, prefeita de Bauru
Esta não é a primeira vez que que a prefeita de Bauru é atacada por algo que fez, disse ou simplesmente por ser quem é.
Quem é Suéllen Rosim
Ex-repórter e apresentadora de TV conhecida na região, a jornalista entrou para a política em 2018, disputando vaga de deputada estadual. Teve 35.049 votos, e ficou com a primeira suplência do partido Patriota.
Em 2020, em plena pandemia, venceu a disputa para a prefeitura concorrendo contra um médico. Teve quase 90 mil votos (55% do total de votos válidos, contra 44% do concorrente).
É um feito que caberia facilmente na definição de mulher "empoderada", adjetivo que a militância feminista adora usar. Sendo mulata, então, teria caído nas graças dos ativistas por direitos humanos e igualdade racial, mesmo que tivesse perdido as eleições.
A prefeita de Bauru, porém, é conservadora, evangélica e ainda por cima cometeu a audácia de publicar em suas próprias redes sociais uma foto com o presidente Bolsonaro tirada no Palácio do Planalto em visita oficial, agendada, já como prefeita eleita.
Não só não foi festejada pela militância seletiva, como sofreu inúmeros ataques. Chegou a ser ameaçada de morte. Contra os ataques mais vis, acionou a polícia e a Justiça.
E tirou de letra os ataques dos raivosos travestidos de empáticos mostrando o que é empatia real e discurso conciliador de fato, na prática.
Além de dar bons exemplos, em vez de se vitimizar, arregaçou as mangas e partiu para o enfrentamento dos problemas do município. Já se vão seis semanas lidando com as questões do dia a dia, sem tempo para lutas imaginárias com inimigos desconhecidos.
Para assistir à entrevista com Suéllen Rosim, prefeita de Bauru, clique no play do vídeo no topo da página.
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