Entrevista com Sebastião Coelho, ex-desembargador, juiz aposentado e agora advogado, que defendeu o primeiro réu a ser julgado pelos atos de 8/01 e falou a frase das “onze pessoas mais odiadas do país”, referindo-se aos ministros do STF.
Nesta conversa com Cristina Graeml, Sebastião Coelho, comenta a insegurança jurídica gerada pelos julgamentos de pessoas comuns, sem foro privilegiado, na mais alta corte de Justiça do país, o Supremo Tribunal Federal, o que nega aos réus o direito básico de recorrer a uma instância superior, conforme está previsto na Constituição e nas leis penais brasileiras. Fala também da perseguição anunciada pelo CNJ na véspera do julgamento, uma clara tentativa de intimidá-lo e de desestabilizar a defesa.
Sebastião Coelho já era conhecido de parte da população por ter pedido, antecipadamente, sua aposentadoria como juiz, após a posse do ministro do STF, Alexandre de Moraes, como presidente do TSE. O então desembargador não aceitou ficar submetido à ordens que Alexandre de Moraes já sinalizava que daria comandando o processo eleitoral de 2022 como presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Aposentou-se em setembro. Em novembro, já como ex-desembargador, esteve numa audiência pública na Comissão de Segurança do Senado denunciando ilegalidades e arbitariedades cometidas por ministros do STF e do TSE. Esteve também na manifestação dos patriotas em frente ao QG do Exército em Brasília num domingo de novembro, onde, inclusive, falou ao microfone de cima de um palanque.
Ao defender seu cliente da acusação de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada em 8 de janeiro, entre outros crimes, Sebastião Coelho falou que no STF estavam as onze pessoas mais odiadas do país. Virou um ícone da coragem que falta a muitos brasieliros no momento, após verem mais de 2 mil pessoas presas apenas por se manifestar, sem provas de que participaram do quebra-quebra nos prédios públicos em 8 de janeiro.
Nesta entrevista, ele também fala que está mais do que na hora de as pessoas voltarem às ruas, sem medo, pacificamente e com reivindicações claras. Ele sugere a data de 12 de outubro e os temas: em defesa da vida, da família, contra as drogas e por liberdade. “Não tenhamos medo. Cautela, sim. Cautela é necessária, mas medo jamais! Para prosseguirmos e mudar porque senão será tarde”, afirma o ex-desembargador.
Assista à entrevista clicando no play da imagem que ilustra esta página. Depois deixe sua reação a este conteúdo e um comentário para contribuir com o debate.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS