O thrash metal da banda brasileira Korzus vem conquistando cada vez mais o seu espaço. Dentro de um cenário musical extremamente sujeito a mudanças, o grupo tem o respeito dos fãs pelo profissionalismo e dedicação ao estilo. O Cwb Live apresenta uma entrevista exclusiva com o vocalista Marcelo Pompeu falando sobre o novo disco, a trajetória da banda e sobre o show no controvertido Metal Open Air.
Formado em 1983, o Korzus tem quase 30 anos de estrada e sempre se manteve fiel ao seu estilo. Segundo o vocalista Marcelo Pompeu, o segredo é acreditar no seu trabalho. “O principal é ter amor ao metal, gostar do que faz, não se importar com as modas que todos os anos surgem e, também, se manter na ativa, indiferente do momento. Sei que é difícil tudo isso, mas nós conseguimos”, explica.
O álbum “Discipline of Hate”, lançado em 2010, vem sendo muito bem recebido pelo público e pela crítica. Os anos de estrada e o entendimento de todas as situações que envolvem a manutenção de uma banda, contribuem para esse momento. “As letras são todas baseadas no que falamos, vivemos e acreditamos. Além da música que caracteriza o nosso estilo, também tenho que salientar a experiência que adquirimos em todos esses anos, transformando-a em técnica. Esse é o nosso diferencial”, afirma Pompeu.
O grupo assinou, em 2010, um contrato com a gravadora alemã AFM Records, que tem em seu cast nomes como Destruction e Doro Pesch. No ano passado eles fizeram 18 shows pela Europa, tocando em quatro países.
Curitiba é sempre um dos destinos das turnês da banda. “Nossa relação é ótima. Desde os anos 1990, quando começamos a tocar na cidade, os shows sempre tem bom público e interação. Adoramos tocar em Curitiba!”, elogia Pompeu. A estrutura e o “astral” da capital paranaense também foram ressaltados pelo vocalista. “Tocar ai é sempre especial pelo clima, posicionamento e também a infraestrutura, com bons espaços, hotéis e aquele churrasquinho fantástico. Curitiba é nota dez”, conclui.
Metal Open Air
Um dos fatos mais tristes e constrangedores ocorridos no mundo musical brasileiro, o festival Metal Open Air que foi realizado de forma parcial em abril, na cidade de São Luís, no Maranhão, fez com que a banda fosse ainda mais respeitada pelos fãs. O show mais comentado do festival foi o do Korzus. O grupo passou por cima de todos os problemas ocorridos e fez uma apresentação memorável. “O MOA é um caso isolado na nossa cena. Teve os seus defeitos de logística, produção e respeito para com o público, que era muito numeroso”, afirma Pompeu.
Para o Korzus o festival foi importante. “Nós fomos, talvez, um dos únicos grupos nacionais com contrato assinado e respeitado pela produção do evento e, frente ao problema todo de cancelamento de bandas, tanto brasileiras como internacionais, nos vimos na obrigação de responder à altura com muita determinação no palco para que, ao menos, o sofrimento dos headbangers que ali estavam fosse minimizado”, explica o vocalista.
A decisão de tocar foi determinante para consolidar, ainda mais, a imagem e a postura do grupo. “Em respeito ao nosso público, e à nossa cena, subimos no palco para detonar em nome das nossas bandas coirmãs que não puderam tocar e deu no que deu, talvez um dos melhores shows da nossa carreira”, conta Pompeu.
O cenário atual do heavy metal brasileiro
Apesar de todos os problemas que uma banda encontra para arrumar uma gravadora e conseguir shows pelo país, Pompeu é taxativo na crença que o metal, no Brasil, está vivendo uma nova fase. “Nosso momento é único, estamos em crescimento acelerado. É o momento da conscientização da cena nacional. Todos estão se ligando no nosso poder. A valorização de seus guerreiros, (muitos desses já com mais de 20 anos de carreira), está visível na internet. Para nós, que estamos na ativa desde 1983, é de encher os olhos. Fora a renovação que vem com força total, bandas com qualidade”, afirma.
Para o Korzus não vem sendo diferente. O vocalista acredita que o grupo vive o melhor momento desde que a banda foi formada. “Vejo que o futuro é altamente promissor. Quanto ao tratamento, o respeito aqui está do jeito que nós sempre sonhamos. Espero que isso esteja ocorrendo com outras bandas também. Já, no exterior, estamos começando uma nova carreira e, graças a Deus, estamos muito bem já que os nossos agentes são os melhores do ramo”, conclui. Vindo de uma banda que está há quase 30 anos lutando e se mantendo viva, essas afirmações são um alento para os novos grupos e para os fãs da música pesada nacional.
Para fechar a entrevista, Pompeu deixou um recado para os fãs curitibanos do Korzus. “Desejamos tudo de bom para o nosso público de Curitiba, em especial aos amantes da música pesada. Avisamos que o nosso novo CD está chegando mais pesado e raivoso, um som feito por headbangers que fazem dessa cena o seu motivo de vida. Preparem-se! A paulada do Korzus virá com tudo em vossas cabeças!”. Alguém duvida?
Confira o clip das músicas “Truth” e “I am your God”, do álbum “Discipline of Hate” e algumas imagens da gravação do álbum, com o o baixista Dick Siebert.
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